Carta de Machado de Assis aos Bufões
O que são deveres, não é favor; muito menos direitos.
Não inverta o valor de cidadão e aplicabilidade de cidadania; e mesmo sendo o filho da mamãe, dê uma trégua: pare de bufar e cumpra-os.
És filho da mamãe debaixo da saia do mesmo teto, saiu extra-muros à intempérie, um ser normal, comum, regido por leis, como o gari, ou o coveiro, ou o bêbado andarilho; ou seja sob os critérios de igualdade e justiça, todos estão expostos e sob os mandos da "Lei da equivalência social", consegue entender ou precisa desenhar?
A vida social em si, é ilusão e a arte de sonhar: utopia; quando não, planos em montoeiras de papéis engavetados, digo: Constituídos.
Tudo será mitigado, conhecerá a verdade, quando souberem que cultura e nacionalidade, é família; que por sua vez, é coisa séria. E se não for um gigante balaio de gatos de variadas etnias, cores e religiões dentro, é muito séria!
Contudo, enquanto escrevem e falam e nada acontece, valho-me do machado de Assis, ao reportar aos albabetizados: "mas esse capítulo não é sério".
E foi dada continuidade ao livro, que após concluído, está sendo lido por mais de 200 milhões de pessoas; porém, os que terminam a leitura, também descobrem que o lido, não é sério. Por que?
Porque entre o escritor e o leitor, existe uma barreira chamada Nacionalidade e Cultura. O primeiro questiona, propõe, emociona, implora revolução comportamental; o segundo interpreta e age conforme seus interesses e volúpia racional.