Por onde Andam os Amigos:
Ene Ribeiro,
Menino Jovem,
Zé Coelho e outros que escreviam para o Recanto.
Receio que o coração entrou em erupção e tenham perdido as pernas ao longo da viagem, caminhando sentido ao sentimento poético!
A sensibilidade amorosa e empática humana resume-se à escrita poética; e é facilmente desfeita por pingos de água caídos na folha, ou ainda que fracos de intensidade, carregada pelos ventos.
Tal qual mendigo que esfarela, miudamente os pães velhos para alimentar os pombos e pardais nos largos das igrejas matrizes dos condados e vilarejos, o escritor lança seu olhar sobre o comportamento humano, em forma de rabiscos e palavras. Porém, com os pés, solidamente no chão e a pena nas folhas em branco, ambos tem consciência plena que pombos, pardais de humanos são ingratos; e após comer, limpar os bicos e ler, descartam tudo no lixo, ou no vaso do banheiro.
Contudo, floridos, pedregulhosos ou espinhosos, os caminhos, trilhas e estradas são longas e a poesia é curta. Entretanto, a poesia respira palavras, e não a sobrevivência dos atos consumados.
Dando voz ao esquife de Fernando em pessoa: "todo poeta mente". Eu completo: por ser humanos pecadores, Deus perdoa; até quando?
Até quando não descobrirem a verdade.
Aquele Mutável é danado,
vive pregando peça, pinça, lixa, alicate;
E agora tá batendo de feira em feiras livres, escambiando abacate, hortaliça, mamão, chiclete, amor, caspa, pente, desodorante, por sobrevivência.
Salve! E ria, por que chora o Rio!