Lago da Solidão

O que eu achava maravilhoso em Asoiretsim era que, apesar de sua misteriosa tristeza, ela nunca ficava acabrunhada, abatida ou mal humorada. Pelo contrário, ela sempre demonstrava um senso de humor inteligente e divertido, entendendo quando eu falava brincando, mesmo quando tentava engana-la fingindo seriedade. Não ligávamos se o tema de nossa conversa era importante ou não. Fazíamos o jogo de palavras a respeito de coisas banais, com perguntas e respostas, pulando de um assunto para outro, sentados no banco, caminhando à beira do lago, em pé, de frente um para o outro, soltos, segurando nas mãos, jogando pedras na água... E a tarde passava rapidamente. Quando menos esperávamos, começava a escurecer.

Isidio
Enviado por Isidio em 05/07/2017
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