Sequestro

Raptaram as flores que tinha, as rosas o verde amigável, a paz de ser digna.

Raptaram o conceito de vida, a amizade que tinha, beijos elouquentes.

Raptaram a lógica divina, tudo o que possuía, um sorriso que chora e voa.

Raptaram todos os sentidos, as paredes que me ouviam, o calor vivido.

Raptaram o sossego, o Humanitarismo, o humor de ser livre.

Raptaram-me sem mesericórdia, o barco em que remava, a vela se tornou vossa, impotente na maré vazia.

Raptaram, sequestraram, roubaram o importante de SER o mal em TER e não ter, ficou sózinha.

Raptaram-me de olhos abertos, imaginem o que sería se estivesse vendada, com tímpanos nos ouvidos, murtalha de ferro na boca, e algemas nos membros.Estaría numa outra vida.

Raptaram-me tudo isso, manca, amassada de dôres, suplico.

Divavid
Enviado por Divavid em 12/11/2011
Reeditado em 11/12/2018
Código do texto: T3331903
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