Je sens, donc j'écris. (#2)
Quando escrevo, injeto uma seringa na realidade e extraio o seu sangue, procuro cadeias de seu DNA; e, num intento urgente, eu faço das minhas escritas, os clones que preciso. Percebo nelas, em seus olhos tristes que vagam a procura da luz da alegria. Porém, ainda são meus textos clones do que é real; a alma que possam ter, sou eu que os dou. E incubo a eles uma lúgubre vida. Então, com suas faces miseráveis e orbitas flageladas que suplicam pela compaixão de seus expectadores, provocando-lhes reflexões; que eles possam trazer para si, uma forma que os fazem pensar melhor na realidade que vem seguindo a vida.