§§§§§ TROCADILHOS FAMOSOS §§§§§
= TROCADILHOS FAMOSOS =
SMELLO
Houve uma época, principalmente no início do Seculo XX, que os mais ilustres literátos brasileiros publicavam nas Revistas e Jornais de
maiores circulações oportunos trocadilhos, que se tornaram uma febre
na nossa literatura.
Muito dos nossos leitores não conhecem o que é um trocadinho, vou
definí-lo, evitando consultarem ao dicionário de estimação.
O TROCADILHO nada mais é que o jogo de palavras ambíguas, que dão lugar às vezes a lamentáveis equivocos. O gracejo surge de tenções dobradas, trocadas, inteligentemente, com o uso de expressões hesitantes de mais de um sentido.
Havia no Rio de Janeiro um "quarteirão" somente de bares e restaurantes famosos, chamado Galeria Cruzeiro, localizado entre a avenida Rio Branco e o Largo da Carioca, pegando o final da rua São José e paralelamente à rua Almirante Barroso. Os bondes (conhecemos os elétricos, mas existiram os puxados a "burros") por alí circulavam procedentes do lado sul da cidade,desde da inexpressiva Copacabana, Laranjeiras, Botafogo, Flamengo e Glória; passavam rodeando os bares e retornavam a aqueles bairros.
Os bares mais frequentados eram o da Brahma, Nacional (em posição oposta) e o Imperador.
A nata da literatura se reunia mais no bar da Brahma, onde havia um cidadão alí sentado noite-dia, alto, forte, pele e cabelos de índio, que tinha como ofício incentivar o consumo do chopp, conhecido como o puxador de chopp.
Conta-se, que sentados nas cadeiras de uma das mesas estavam Paula Ney e Emílio de Meneses e já as fichas dessa bebida estavam colossais, propuseram entre sí um concurso de TROCADILHOS, o que fizesse o melhor, a critério deles próprios, estava isento de pagar todas as "rodadas".
É bem possível que muitos dos leitores do Recanto das Letras conheçam a prova que auto se submeteram, porém a grande maioria desconhece, daí a razão de narra-la.
Paula Ney saiu à frente, graças ao oportunismo que se apresentava,
ditando o seu trocadilho.
Descia de um dos bondes um casal, super elegantes, o cavalheiro de terno de linho inglês, S120, sapatos duas cores, portando uma linda
bengala, exigência da moda, de braços com sua senhora gravida, talvez de sete ou oito meses, com expressiva barriga.
Disse o imortal poeta este é o meu trocadilho - ALI VAI UMA BEM
GALADA !!!
Praticamente pouco restara ao outro concorrente, Emílio de Meneses, figura caricata, alto, obeso, pançudo mesmo, genial nas sua poesia.
Na ocasião própria, vê descer de outro bonde uma moça alegre, totalmente maquiada com os artifícios usados na época, pó-de-arroz, rouge berrante, baton excessivo contornando a boca, vestido nos joelhos, pouco comum, somente usado por "determinadas criaturas", com um menino de seus oito anos, tendo em sua mão direita um pequena bengala, rara de ser encontrada porque era importada da França, diz Emílio de Menezes: Ali está meu trocadilho: AÍ VEM UMA BENGALINHA" !!!
Evidentemente, concordou Paula Ney que Emílio fora o vencedor nos trocadilhos, teria de enfrentar a conta do chopp.
= TROCADILHOS FAMOSOS =
SMELLO
Houve uma época, principalmente no início do Seculo XX, que os mais ilustres literátos brasileiros publicavam nas Revistas e Jornais de
maiores circulações oportunos trocadilhos, que se tornaram uma febre
na nossa literatura.
Muito dos nossos leitores não conhecem o que é um trocadinho, vou
definí-lo, evitando consultarem ao dicionário de estimação.
O TROCADILHO nada mais é que o jogo de palavras ambíguas, que dão lugar às vezes a lamentáveis equivocos. O gracejo surge de tenções dobradas, trocadas, inteligentemente, com o uso de expressões hesitantes de mais de um sentido.
Havia no Rio de Janeiro um "quarteirão" somente de bares e restaurantes famosos, chamado Galeria Cruzeiro, localizado entre a avenida Rio Branco e o Largo da Carioca, pegando o final da rua São José e paralelamente à rua Almirante Barroso. Os bondes (conhecemos os elétricos, mas existiram os puxados a "burros") por alí circulavam procedentes do lado sul da cidade,desde da inexpressiva Copacabana, Laranjeiras, Botafogo, Flamengo e Glória; passavam rodeando os bares e retornavam a aqueles bairros.
Os bares mais frequentados eram o da Brahma, Nacional (em posição oposta) e o Imperador.
A nata da literatura se reunia mais no bar da Brahma, onde havia um cidadão alí sentado noite-dia, alto, forte, pele e cabelos de índio, que tinha como ofício incentivar o consumo do chopp, conhecido como o puxador de chopp.
Conta-se, que sentados nas cadeiras de uma das mesas estavam Paula Ney e Emílio de Meneses e já as fichas dessa bebida estavam colossais, propuseram entre sí um concurso de TROCADILHOS, o que fizesse o melhor, a critério deles próprios, estava isento de pagar todas as "rodadas".
É bem possível que muitos dos leitores do Recanto das Letras conheçam a prova que auto se submeteram, porém a grande maioria desconhece, daí a razão de narra-la.
Paula Ney saiu à frente, graças ao oportunismo que se apresentava,
ditando o seu trocadilho.
Descia de um dos bondes um casal, super elegantes, o cavalheiro de terno de linho inglês, S120, sapatos duas cores, portando uma linda
bengala, exigência da moda, de braços com sua senhora gravida, talvez de sete ou oito meses, com expressiva barriga.
Disse o imortal poeta este é o meu trocadilho - ALI VAI UMA BEM
GALADA !!!
Praticamente pouco restara ao outro concorrente, Emílio de Meneses, figura caricata, alto, obeso, pançudo mesmo, genial nas sua poesia.
Na ocasião própria, vê descer de outro bonde uma moça alegre, totalmente maquiada com os artifícios usados na época, pó-de-arroz, rouge berrante, baton excessivo contornando a boca, vestido nos joelhos, pouco comum, somente usado por "determinadas criaturas", com um menino de seus oito anos, tendo em sua mão direita um pequena bengala, rara de ser encontrada porque era importada da França, diz Emílio de Menezes: Ali está meu trocadilho: AÍ VEM UMA BENGALINHA" !!!
Evidentemente, concordou Paula Ney que Emílio fora o vencedor nos trocadilhos, teria de enfrentar a conta do chopp.