A ANDORINHA E O SABIÁ
Havia uma andorinha, que vivia a sonhar
Voava sempre sozinha, queria um parceiro encontrar
Voou a andorinha sobre as águas azuis do mar
Desceu até a areia, para ali ir descansar
Ouviu então um lindo canto, de um belo sabiá
A pequena andorinha, foi logo espiá
Sentiu que a harmonia, era pura e verdadeira
Desejou naquele dia, ser sua fiel companheira
Se aproximou do sabiá, feliz e encantada
Rodopiou em voos rasantes, queria se sentir amada
Mas o garboso sabiá, tão importante se achava
Lá no pé do araçá, para ela nem ligava
Estava aborrecido, parecia acorrentado
O sabiá envaidecido, jamais seria seu namorado
Demonstrou ser insensível, que não estava contente
Disse que era impossível, pois ela era muito diferente
Ele queria a liberdade, a beleza e a fama
Ignorou a felicidade, desprezou aquela que o ama
Ela sentindo a ingratidão, partiu para a cidade, numa tarde de verão
Porém o grande sabiá que tão perfeito se sentia
Notou que sua beleza com o tempo se esvaía
E ao chegar a primavera, o sabiá choroso cantava
Sem saber que lá de longe a andorinha o escutava
Moral: O amor não sobrevive de aparências