ESTATUAS OU AMULETOS
Tenho ouvido muitas estorias de sonhos, tenho ouvido estorias de fantasmas, quando criança sofri muitos pesadelos por causa dessas estorias mal contadas que geralmente as crianças gostam de ouvirem, com estorias de bruxas, fantasminhas e muitas outras.
Geralmente essas estorias quando falam de mortos são assustadoras, porque vem com uma descrição apavorante, espíritos mais temidos manifestam-se sob a aparência medonha de cadáveres semiputrefatos: As aleta do nariz arrancadas, a boca descarnadas, as costelas salientes sob uma pele seca, o ventre sem as entranhas e como que ameaçado por esterno retorcido que, os escultores inspiraram-se nestas visões de horror, para criarem as pequenas imagens de madeira.
Pelo gosto que tinha de ouvi certas estorias de espíritos e fantasmas, quando eu era uma criança, ouvia muito em rodinha de quem conta a melhor estoria, certo dia fui surpreendido com um primo, que veio com uma mascara de horror e me pegou, eu sentir a morte e ressuscitei, naquela hora.
Eu era uma criança, morava com meus verdadeiros pais, interior do Brasil, não tinha radio, tv, cinema, a diversão era brincar de carrinho de carretel de linha de costurar, brincava com meus irmãos e primos e alguns vizinhos.
Ate que em fim, comecei fazer as estátuas imaginaria das estorias que ouvia, isso me levou a acreditar que os escultores baianos ou brasileiros que gostam muito de estatuetas tem muito em comum com os espíritos"senhores do espaço".
Uma estoria contada, encontrada em livro, dizia assim:
Um certo Rano, sentindo-se que ia morrer, disse ao seu filho: 'Oito dias depois de minha morte, você verá chegar ao alto-mar um tronco de árvore com galhos e raízes.' Pouco depois ele morreu. Seu filho enterrou num cemitério(num ahu) acendeu um forno e ofereceu uma bela festa fúnebre.
No oitavo dia, indo a caverna, ele encontrou, encalhada, na praia uma árvore com galhos grosso. Alguns indivíduos cortavam-na em pedaços. O jovem gritou: Eh, não toque em minha árvore!' Mas eles responderam: 'Eis aqui sua árvore, pegue-a rapaz!' e fizeram um gesto obsceno.
O jovem voltou para casa e pegou uma galinha branca e voltou ao cemitério ( gruta). Sacudindo a ave dizia: Meu pai levante-se, a arvore começou a se mexer, os homens não davam atenção, ele disse Meu pai, lavante e parta, a árvores se afastou-se rapidamente em direção ao alto mar, os parentes disseram chame a árvore para nos, o rapaz disse chamarei! Todos cortaram a árvore em pedaços, fizeram estátuas, estatuetas, amuletos, pingentes, remos e pá.
O espírito dos mortos, deuses e demônios, é difícil fazer distinção, basta ver que se tornam familiares, ou individuais a maneira de acreditar nessa ou naquela divindade do passado distante. Passado muito tempo ouvi de um Pastor evangélico que a maior riqueza estão nos cemitério, pois aqueles que morreram e não deram seus conhecimentos aos outros levaram consigo e lá estão enterrados.