A sala da casa azul
A sala era grande. Paredes brancas de madeira, teto alto, tapete amarelo queimado no chão.
Dois sofás grandes mais quatro poltronas mobiliavam o espaço que de um lado era limitado por uma grande janela e do outro por uma paisagem que tomava toda a parede.
Ela gostava daquela sala. Gostava de deitar no sofá maior revestido com o tecido amarelo vivo em alto relevo.
As horas seguiam lentas enquanto ela pensava no que já havia passado e no que gostaria de ser.
Silêncio, sonhos e planos muitas vezes minados pela realidade. Imaginação, fantasia, tantas outras vezes acalentados pelo som do vento e da chuva fina no telhado.
Uma imagem constante. Esperança recorrente de segundos dispersos.
Pela janela da sala da casa que nunca presenciou os carinhos no colo e nem bolinhos nas tardes de inverno, ela observava a rua.
Às vezes ele vinha. Passava lentamente como quem procurava alguma coisa ou como alguém que tinha algo a oferecer.
Ela, tensa e incrédula, observava o carro deslizando pelo asfalto e desaparecendo no fim do muro.
A passagem dele sempre anunciava a pergunta, mas jamais a resposta.
Quando a janela se tornava pequena e a rua vazia, ela voltava para o sofá e para o teto que recebia os olhos brilhantes e o coração aos pulos.
Um livro, um pensamento, um motivo para continuar esperando.
A sala da casa azul foi durante muito tempo o lugar para refletir, questionar, sorrir, chorar, imaginar e ter esperanças.
E foi naquela sala, após uma eterna tarde amarela, que ela decidiu acreditar.
Dois sofás grandes mais quatro poltronas mobiliavam o espaço que de um lado era limitado por uma grande janela e do outro por uma paisagem que tomava toda a parede.
Ela gostava daquela sala. Gostava de deitar no sofá maior revestido com o tecido amarelo vivo em alto relevo.
As horas seguiam lentas enquanto ela pensava no que já havia passado e no que gostaria de ser.
Silêncio, sonhos e planos muitas vezes minados pela realidade. Imaginação, fantasia, tantas outras vezes acalentados pelo som do vento e da chuva fina no telhado.
Uma imagem constante. Esperança recorrente de segundos dispersos.
Pela janela da sala da casa que nunca presenciou os carinhos no colo e nem bolinhos nas tardes de inverno, ela observava a rua.
Às vezes ele vinha. Passava lentamente como quem procurava alguma coisa ou como alguém que tinha algo a oferecer.
Ela, tensa e incrédula, observava o carro deslizando pelo asfalto e desaparecendo no fim do muro.
A passagem dele sempre anunciava a pergunta, mas jamais a resposta.
Quando a janela se tornava pequena e a rua vazia, ela voltava para o sofá e para o teto que recebia os olhos brilhantes e o coração aos pulos.
Um livro, um pensamento, um motivo para continuar esperando.
A sala da casa azul foi durante muito tempo o lugar para refletir, questionar, sorrir, chorar, imaginar e ter esperanças.
E foi naquela sala, após uma eterna tarde amarela, que ela decidiu acreditar.