Autor: Zé Renato Rodrigues
Uma simples empregada doméstica, mãe de três filhos e desempregada, leu um anúncio no jornal que, numa determinada residência estava admitindo empregada. Anotou o endereço e foi até o local. Chegando lá, se deparou com uma linda mansão. Foi recebida pelo porteiro, que em seguida apresentou para a madame. Com um olhar arrogante, disse:
- Sou médica, não tenho tempo a perder, meu diálogo é curto. Quero ser objetiva, não quero desperdiço de água. Outro detalhe, limpeza rigorosa com os alimento. Lave bem as verduras e legumes. Dita essas palavras, saiu em seu BMW. Seis meses depois de admitir a empregada, a médica começou a sentir fortes dores no corpo e alta febre, o que levantou suspeita de estar com a deng. Concluído os exames, realmente constatou que estava com a deng. Descontrolada, a médica teve um surto psicótico. Aos berros acusou a empregada:
- Você lava os legumes e verduras e joga a água no vaso das plantas e deixa no recipiente, acabou nisso, estou com a deng. A empregada um tanto chateada, respondeu:
- Não, senhora, estou fazendo tudo o que a senhora mandou. Lavo bem as verduras e legumes, reutilizo a água para fazer economia, mas retiro a água dos pratos. repare bem, não deixo água nos pratos.
Estupidamente despediu a empregada por justa causa, sem direito a nada. A pobre mulher saiu chorando, mas orando pelas águas que DEUS criou e pela mulher que a acusou.
Para alimentar seus filhos começou a vender água no semáforo de uma avenida. Uma semana depois, a médica parou sua BMW no farol, abriu a janela e pediu uma garrafa de água. Não reconhecendo a mulher, uma vez que, ela usava um lenço na cabeça para se proteger do sol. Disse então:
- Estou com muita sede e dores no corpo. Estou tomando rigorosos medicamentos diariamente, e não me curo da deng. Dando uma nota de cem reais para cobrar a água, o farol abre. A ambulante disse:
- Não tenho troco, outro dia a senhora paga. O semáforo abriu e a madame seguiu.
No outro dia a madame voltou sorridente, estacionou o carro, e chegando até a mulher para pagar, ao reconhecê-la, deu um abraço, e entre prantos foi dizendo:
- Como está querida? Quero te contar um mistério que aconteceu comigo! Após tomar aquela água, minhas dores do corpo desapareceram. Pegue este cem reais. A ambulante respondeu:
- Obrigada senhora. Não precisa pagar nada. Estou muito feliz em saber que a senhora sarou. Aquele dia que inocente fui demitida, orei muito pela sua saúde e por todas as águas que passaram por minhas mãos. E, enquanto nessa vida terrena eu viver, estarei orando por todas as águas que por minhas mãos passarão.
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