Fábula: O gato persa e o ratinho cinza
F Á B U L A
Ao amanhecer do dia, o gato exibia seu rabinho pomposo balançando de um lado para o outro no quintal da casa. Sentia-se uma majestade. Eis que encontra uma criatura que achava ridiculamente nojenta e insignificante. O ratinho cinza.
- Olá gato. Lindo dia não?!
O gatinho persa com sua arrogância não respondeu e saiu a rebolar.
Em sua toca, o pequeno cinzento era leal e bondoso com seus amigos. Certo dia estava distraído e caiu em uma armadilha. Seu rabinho ficou preso numa ratoeira. Começou a gritar por socorro. Ao longe avistou sua “Majestade”. E em voz de dor e agonia disse:
- Ah! Graças. Por favor, fiquei preso aqui. Ajuda-me antes que seja tarde demais!
O gato sorriu maleficamente. Sua face tornou-se sombria. Ele estava pulando de alegria pelo fato do rato implorar sua ajuda. Ele, então, nada fez.
O rato chorou pela situação. Já nem sentia mais a dor física, só tristeza pelo amigo que considerava ser verdadeiro.
Uma raposa que passava por ali viu o pobre agonizando e o salvou...
Dias se passaram e o gato estava feliz por nunca mais ter visto aquele rato fedido. Pensando nisso, sem querer enrolou-se em uma rede de pesca que ficava perto da casa. Sem poder se mexer, miava de dor e desconforto. Seus olhos arregalaram-se ao ver o ratinho cinza vindo em sua direção. Seu pensamento foi imediato. “Ele vai rir de mim, como eu já ri dele!”.
Fechou seus olhos e tapou suas orelhas felpudas para não ouvir o desprezo. Até que a rede começou a tremer. O gato olhou para o lado e viu que o ratinho estava roendo a rede de pescar. Ao sair dela, o gato disse:
- O-obrigada rato. Mas por que me ajudastes?
- Simples. Não sou como você, meu caro amigo.
Depois disso, nunca mais o gato teve preconceitos contra qualquer animal. E, assim, o ratinho cinzento e o gato persa tornaram-se amigos de verdade.
Moral da história: nunca menospreze alguém por preconceitos particulares. Você nunca sabe quando irá precisar da ajuda dessa pessoa.