AS CHUVAS DO MEU LUGAR
Olho para o céu com certo espanto,
o brilho do sol se esconde de repente,
são tantas nuvens para outro tempo anunciar,
chegaram as chuvas do meu lugar...
As ladeiras viram cachoeiras urbanas,
o cão sozinho na calçada se entristece,
as flores ora curvadas, parecendo murchas, levantam, pediam pela chuva em prece,
que essa cortina de cristal venha nos molhar,
chegaram as chuvas do meu lugar...
As ruas se esvaziam, a cidade fica "surda",
o silêncio é exceção só no canto dessa chuva,
as janelas embaçadas, o café a fumassar,
chegaram as chuvas do meu lugar...
As sementes são despertas do seu sono,
a terra molhada lhes ensina a crescer,
de dentro vem a fartura, que riqueza,
é a natureza em evidência, que beleza,
ser grato a Deus, venham todos pra rezar,
pois, chegaram as chuvas do meu lugar...