Bad Cavernosa
A Pablo Calazans
Enfiado numa bad cavernosa, me pergunto por que essa porra tem mesmo que ser assim...
Me perdoe o palavrão mal colocado, mas ultimamente eu não tenho acertado uma sequer...
Mas vá lá, novembro tá ai batendo na porta, e já já vai começar o “então é natal” e toda aquela baboseira de fim de ano.
Talvez 2017 me ofereça um recomeço, e realmente eu espero por isso. Só que por enquanto, a Bad vai crescendo aqui...
- Perdão pelo anglicismo tragicamente incorporado ao meu vocabulário... Mas é isso mesmo -
Sigo jogando palavras no papel, tentando botar poesia onde não tem... É um vício. Uma necessidade de escrever e de me expressar, e nesse ponto eu não tenho preocupação nenhuma se as pessoas vão entender, ou se vai soar estranho ou pesado demais.
Só que de vez em quando alguém consegue captar o que eu quero dizer, e nesse momento é que me sinto realizado, por uns poucos instantes que seja.
Podia ser pior, tenho certeza. Sempre tem como ficar pior, diz o meu Eu pessimista. Mas meu amigo Pablo me ensinou que a gente tem que viver com o que tem, e não aceitar toda a merda que a sociedade tenta introjetar na gente.
Nem sempre eu concordo com ele, e com sua profunda aceitação da sua personalidade e de seus defeitos, que ele mesmo no fundo sabe que são defeitos, mas que vive como se não fossem.
Mas há uma certa paz em suas palavras, algo que terminou me contaminando. Queria um pouco mais daquela paz... e novamente me vejo jogando palavras no papel e esperando que elas por vontade própria se juntem e tomem alguma forma.
Sei que estou falhando, mas é assim que as coisas funcionam comigo.
Sou teimoso demais pra juntar os meus trapos e sair dessa.