D.D. Zero.

Descrição do dia.

Tal como qualquer começo, essas primeiras linhas não escapam da complexidade em conseguir compor, aprender, a materializar sua natureza. É ciência no sentido mesmo do broto que entrelaça os cadarços pela primeira vez na expectativa de descobrir que conhece, que conquista. O que é? Inicio? O que não é? O retrato que desdobro sobre o primeiro protótipo, tal seja, vago ou ambíguo, parte do solo que sustenta os calçados dourados, sim sapatos, os quais revestem minha atenção e ânsia de conhecimento. O gênero a que me refiro é o meu contrário; a sua ontologia é a minha episteme, a qual pretendo discursar em apoio e redenção a crença e a opinião. Por esse motivo afirmo que a linguagem proferida por tal ser, que do meu ponto de vista se destaca como um feijão albino entre os pares, soa-me coerente e levemente orgulhosa, com um brilho de sinceridade suavemente opaco, mas muito bem resolvido. É verdade que não foram muitas palavras que vibraram de seus lábios, entretanto, justifica-se o fato de que não havia necessidade de qualquer mais, e o som preenchia seu olhar, não precisava naturalizar outro verbo além da curiosidade descompromissada. Explicito que a subjetividade da situação favoreceu bons sorrisos, mesmo que em geral o ambiente manifestasse um desconforto coletivo, e tais sorrisos não me passaram despercebidos, ouso afirmar, um sequer. Indireta ou diretamente conheci e teci, mesmo que a distância, a correspondência que comprova que tal ente tacitamente se acomodou aos meus critérios, a minha relatividade; não vou precisar o valor de um destino cientifico ainda em progresso, mas tenho boas razões para crer que culturalmente e socialmente, embora no segundo quesito perceba uma assincronia elegante com a normalidade banal, a sua alto referência, baseada em movimentos seguros com os dedos e o modo como administra o espaço ao seu redor, sustentam meu sentimento analítico e minhas conclusões lógicas e críticas de que calor e a gentileza lhe acompanharam os nós da vida.