Entrevista com o Radialista e Poeta Flavio Martinez 


Um papo sincero, espontâneo e revelador com o locutor da Rádio FMG e apresentador dos programas “A Noite é Nossa” e “Boleros e Poesias”

Fábio: Boa noite amigo, radialista e poeta Flavio Martinez! Boa noite ouvintes, boa noite poetas e colaboradores da Rádio FMG. Boa noite Aguinaldo! (Colaborador do Flavio e fundamental no processo dessa entrevista). É um prazer está aqui realizando esta entrevista, um prazer conhecer um pouco mais do Flavio e levar um pouco mais dele para todos vocês. A primeira pergunta é a seguinte: Como foi a sua infância Flavio Martinez? Um menino que nasceu no final da década de 40 e viveu sua infância na década de 50, como era ser criança naquela época?

Martinez: Muito bem, obrigado meu querido Fábio, é um prazer responder suas perguntas e ao mesmo tempo que elas cheguem e vão chegar com certeza a todos os nossos amigos, a todos os nossos poetas e ouvintes da FMG. Década de 40, você já ouviu falar em jardineira? Sabe o que quer dizer jardineira? Naquele tempo nós tínhamos um tipo de transporte era jardineira, era o bonde, era uma época muito tumultuada, a época que nasci 1946, um ano após a segunda guerra mundial, 1945, foi um momento de ascensão dentro país. Depois tivemos Getúlio Vargas com todas suas conturbações, com o suicídio de Vargas em 1954 e os 400 anos da cidade de SP. Foi uma infância como era naquela época, onde ás coisas não eram fáceis, nós na época não víamos dificuldades, porque já era um hábito, costume e tradição. E pra nós naquele momento era uma libertação porque a tensão da guerra era uma coisa que preocupava todos nós...

Fábio - Em sua infância havia alguma inclinação de sua parte para a área literária? Já gostava de escrever? Como foi sua iniciação na escola? Algum professor já percebia em você algum interesse nessa área? Gostaria de saber como que foi!

Martinez: Fábio, na verdade a minha infância e os meus estudos foram muito poucos, tive a necessidade de começar a trabalhar muito cedo para ajudar meus pais, e eu tive carinho e compreensão dos professores por conhecer nossa realidade, falo nossa porque tinha meu irmão mais velho também, que infelizmente já faleceu, e era uma luta nossa como garotos que tinha uma vida difícil, mas tinha um carinho muito grande pela família e pelos pais. Mas a poética da vida e minha inspiração começaram pelas dificuldades, porque a pessoa que traz a sensibilidade, independente das dificuldades que ele passa na vida, a sensibilidade é algo que tudo que você passar e tudo que você aprende com a vida, ela vai te moldando e transformando tudo em poesia, cria nossa própria personalidade. O que eu tive dos professores foi muito carinho, nessa época era difícil eu apresentar alguma coisa que sugerisse poesia ou poeta, muito mais uma história de vida.

Fábio– Tem livros publicados? Algum projeto para ser lançado? O que poderia ser feito para que houvesse um incentivo maior a leitura desde o inicio da escola?

Martinez: Tenho um livro que lancei em 2007, na Câmara Municipal de Diadema, “De Encontro com o Eu!”, aquilo que sempre gostei de passar e passo com frases que publico no facebook, e questão da consciência, fazer as pessoas abrirem a mente e deixar entrar em si a compreensão e tirar à revolta, estou em várias antologias da confraria “Kapaz” e de outras também a convite de amigos e poetas. “Tenho um livro pronto desde 2012, só falta imprimir, Chuvas de Paz”, livro de bolso que fala sobre felicidade, amor, vida... E quanto ao incentivo a cultura, como você está vendo nosso país? Você ouve falar de secretaria da cultura? Ministério da Cultura? Você ver algum projeto em sua cidade? Aí também tem uma secretaria de cultura, esse país não olha para este lado, em Diadema nós também temos, temos o Teatro Clara Nunes, que vive ás moscas, infelizmente temos verbas federais que vem para o incentivo a cultura, mas não ouvimos falar de nada, não existe incentivo ,infelizmente. Nós lemos alguns projetos e muitas coisas bonitas organizadas por professores e alunos. Isto tem melhorado muito a união entre alunos e professores, dentro da escola uma convivência melhor entre todos. São projetos individuais, infelizmente. Eu vejo com esperança, não sou pessoa de perder a esperança. Mas precisa uma mudança muito grande na consciência desses que deveriam está fazendo mais pela cultura e pela arte. Principalmente pela formação do cidadão em um mundo melhor.

Fábio - Qual estilo poético lhe agrada mais? E qual te dá mais prazer de declama-lo?
Martinez: Na verdade, todo o estilo me agrada. Principalmente os que falam sobre o amor, sobre a vida, sobre o valor do ser humano. Eu vivo a poesia, não a que eu escrevo, mas a poesia de todos vocês, isto me dá um grande prazer. Eu vivo a emoção de todos vocês, porque ao estar declamando e gravando a poesia de vocês aqui na Rádio FMG, eu estou incorporando, eu sei o que está atrás daquela poesia teve um coração, um sentimento, um ser humano, uma vida, um projeto, um sonho, um desejo. Eu sou pessoa muito felizarda, Se eu falar este tipo me agrade, e este não, não tem como. Todas me agradam. Eu tenho o grato prazer de viver um pouco de cada um de vocês em cada poesia que eu declamo aqui na rádio.

Fábio - Vou contar uma pequena história! Tenho o hábito de depois que fazer minhas postagens no “Recanto das Letras” enviar minhas postagens para o facebook , whatsapp e Messenger. Um dia distribui um texto de humor e um “amigo” meu disse que eu deveria parar com estas futilidades e fazer coisas mais uteis para o dia a dia... Fiquei extremamente triste com este comentário (Aliás, estou triste até agora)... Como fazer com que as pessoas entendam que a poesia tem importância sim, e até mesmo uma função social na transformação das pessoas podendo melhorar o ser humano e consequentemente melhorar o mundo?

Martinez: Primeiro, eu menosprezo quem assim age. Eu quero que ele me explique se a poesia foi feita só para falar de dor, de morte, foi para amargurar o coração das pessoas. Muitas pessoas não leem uma poesia e não querem ouvir uma mensagem porque estão tristes. Uma poesia animada, uma palavra festiva, isto não alegra ás pessoas? Ele desconhece o que é a arte, deve ser uma pessoa muito depressiva. Ontem eu fiz uma brincadeira dizendo assim: “Espelho, espelho meu”! Existe no mundo um homem mais feio do que eu? Rs... Coloquei em letras garrafais: NÃOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO!kkkkkkkkkk.... Todo mundo deu risada e se divertiu, muita gente comentou com bom humor. Qual o problema de passar um pouco de alegria, ânimo e disposição? Imagino como deve ser difícil conviver com gente mal humorada, deve ser uma tormenta para os parentes aguentar este tipo de figura azeda, deveria se chamar limonada. A vida sem humor não tem graça. Deve acordar sempre de cara feia de manhã.

Fábio – Fala um pouco de suas atrações que você comanda na Rádio FMG!E como o rádio chegou a sua vida? Como surgiu a ideia de misturar música e poesia?

Martinez: A rádio não veio até a mim, eu fui até a rádio. Porque aqui na década de 90 e também em todo Brasil havia muita rádio comunitária, a rádio comunitária tem uma limitação de alcance onde a pessoa pode sintonizar. Geralmente aqui em Diadema nós tínhamos várias em vários bairros, então conseguíamos atingir todo nosso município como também muitos lugares em volta como São Bernardo do Campo, Santo André, Ribeirão Pires, Santo Amaro... Tinha um amigo meu na Rádio Resistência, aqui de Diadema, ele abriu uma rádio, eu fui lá por minha conta própria, sem nunca ter visto um microfone, aluguei um horário de uma hora e deu certo. Comecei fazendo o programa “Falando de Vida”. Fiz uns três ou quatro programas, já no primeiro programa não dei conta de tanto telefonemas e tantos amigos, segundo programa de duas horas, terceiro programa de três horas e ficamos três anos no ar na Rádio Resistência. Foi dessa forma, eu tomo minha iniciativa. Não tenho nada por conhecimento ou experiência. Faço meu conhecimento e minha experiência, sou autodidata. Passei também pela Rádio Mic em 2002 também. Atualmente estou no comando do programa “A Noite é Nossa” e “Boleros e poesias”, apresento diariamente e alternadamente estes programas de domingo a domingo, ás 22:00 hs, na maioria da vezes ao vivo.

Fábio – Quais as funções profissionais já foram exercidas por sua pessoa e elas de alguma forma colaboram ou contribuíram para o que você faz hoje como radialista?

Martinez: Não! Não tem nada com aquilo que eu fiz profissionalmente, ou na minha vida mesmo. É um desafio, como eu sempre disse. Como eu trabalhei na Câmara Municipal, como já falei, como assessor parlamentar por 12 anos, os vereadores era comum os vereadores irem para ser entrevistados na Rádo ABC de Santo André. Aliás, foi a primeira Rádio que fui, do Professor Peninha, porque um vereador foi convidado para está lá para ser entrevistado pelo próprio Professor Peninha. E lá, como eu era assessor fui acompanhando o vereador. Por ser assessor o radialista pediu para que eu cumprimentasse o publico e ficou impressionado com minha voz. Acho que eu tinha um vozeirão. Aí eu já sai de lá falando: Eu sou um Paulo Barbosa, um Eli Corrêa! rsrs...

Fábio- Estamos em ano eleitoral, é urgente a necessidade de renovar este quadro político em que encontramos em nosso país? O que nós, que somos formadores de opinião, poderíamos contribuir e fazer com que as pessoas se conscientizem de votarem de forma correta sem vender seu sagrado direito de decidir os rumos de nossa sociedade?

Martinez: Primeiro não se deixar iludir. Nós nos deixamos levar pelo mundo da aparência. Não vai atrás de olhos verdes, de voz bonita como a do “Martinez”. E procure saber o passado, o proceder. Eu tive candidatos aqui em Diadema mesmo que falavam muito bem, mas se queimaram a beira da eleição porque agrediram a mulher, não supriram a necessidade alimentícia do filho, então é a vida pessoal. O que esta pessoa faz, qual é o passado dessa pessoa? E assim mesmo corre-se um grande risco. Como eu posso ter consciência para eu votar melhor? Na sua cidade, na cidade de todos, tem a Câmara Municipal, no estado tem a Assembleia Legislativa. Eu pergunto a cada um que se encontra revoltado com tudo isto: Quantas seções durante o mandado do vereador que você elegeu você já assistiu? Você sabe os projetos que foram aprovados? O que é a função do vereador? A lei orgânica do seu munícipio? Isto tudo você consegue também pela internet. Qual é o plano diretor de sua cidade? Ali são as regras e as normas de condução, e as leis que existem que estão sendo cumpridas ou não. Quando a gente tiver autoconhecimento disso não precisa falar o candidato tal, você já sabe que ele não está cumprindo sua missão. Procure na sua cidade a Câmara Municipal, você vai ver qual a próxima seção, projeto que está sendo votado, você vai encontrar até aquele do IPTU que você fica reclamando. Em relação ao estado a mesma coisa em relação aos deputados. Fique atento nos deputados e vereadores que querem reeleição. Procure saber se eles faltavam nas suas seções, procure saber quanto custa um deputado, assessor, gabinete, vereador... Você soma tudo que ele fez e ver quanto custou ao nosso bolso. O governo não produz dinheiro como uma indústria, produz impostos. Eles vivem dos nossos impostos. E quando eles dão os seus rombos, aumentam os impostos. Aí está o problema da gasolina, do gás e tantas outras contas que estamos pagando... Os governos nada mais são do que organizações formadas por pessoas, contratadas pelo povo para fazer o que precisamos, nós os contratamos como nossos representantes...

Fábio – Quais são suas referências na arte da poesia? Quais são suas preferências musicais? Tem hábito de ir ao cinema ou ao Teatro?

Martinez: Minhas preferências são saudades. Aquelas músicas que a gente ouve para recordar, para matar saudades. Desde que eu comecei na rádio, na década de 90 , eu sempre levava músicas dos anos 50, 60, 70, sem estilo musical, não existe nada de estilo, de ritmo musical. Pode ser um samba, sertanejo, internacional, MPB, desde que seja uma música que fez sucesso e marcou a vida das pessoas. Poesia, como eu tenho aqui, eu acho que a gente dizer eu gosto mais desse estilo de poesia, ou desse estilo de livro não tem nada a ver. Quando eu vou a uma biblioteca, não vejo livro, vejo almas, vejo pessoas. Porque atrás de cada livro, só para escrever aquele livro, se a gente for fazer uma reportagem com a pessoa que escreveu aquele livro já dá outro livro. Foram noites, foram dias , foram tempos, foram lágrimas, alegrias, foi buscar personagem, idealizar uma história. Tudo tem um amor de alguém naquilo, a gente não pode dizer eu gosto desse e não gosto daquele, é como desprezar uma pessoa que deu a sua própria vida para que aquilo se tornasse vida também. Porque quem lê, um livro, por mais que tenha um personagem fictício, é a realidade do livro, é a realidade da história. A poesia é do mesmo jeito, eu não gosto de lágrima e nem de drama na poesia, mas quantas pessoas se emocionam e gostam também e se identificam pensando que está passando aquilo que e poesia está transmitindo ou já passou por ela. Atendo tudo que é me solicitado na rádio, independente de gostar ou não daquela música, para mim tudo é maravilhoso. Ao cinema eu vou pouco, não sei nem colocar fita no vídeo cassete... rsrs, Tenho fitas que filhos me dava para assistir e não vi quase nada. Não gosto de novela, porque a empregada doméstica sofre tanto, ganha tão pouco, amanhece maquiada, com cílios postiços, é muita falsidade. Não gosto de filmes que o cara está no meio de guerra, tem tanques por todos os lados, tiros por todos os lados, nenhum atira acerta o mocinho, o cara tira o 38 da cintura e mata todo mundo. Não me iludo com estas coisas. Eu gosto de filmes emotivos e com histórias reais. Gosto de uma boa reportagem, ver a Cordilheiras, os Alpes suíços, o Everest, minhas filhas me chamaram para ir a Bariloche, mas não quis, não tenho vocação para pinguim. rsrs... Mas só nas reportagens, não faço questão de ir. Gosto mesmo é de ficar na rádio declamando poesias para vocês... Só gosto do que me acrescenta, mas respeito o gosto de cada um, é um direito de todos.

Nessa sequência temos um jogo de perguntas e respostas mais rápidas, o famoso ping pong:

Fábio – Data inesquecível?

Martinez: Meu nascimento

Fábio – Um livro?

Martinez: O meu “De Encontro com o Eu” e o “Poder da Mente” de Joseph Murphy

Fábio – Um filme?

Martinez: Django com Franco Nero

Fábio – Um aroma agradável?

Martinez: O da rosa e o da minha mulher

Fábio – Uma mulher?

Martinez: Minha mãe

Fábio – Um pensamento?

Martinez: Não existe quem hoje esteja lá em cima que amanhã não possa vir a cair, como alguém que hoje esteja lá embaixo que não possa vir a subir. (Martienz)

Fábio – Um sonho?

Martinez: Acordar em um mundo melhor

Fábio – Um plano para o futuro?

Martinez: Ter vocês como amigos até morrer.

Fábio - “Uma mensagem aos nossos leitores do site “Recanto das Letras”“

Martinez: Eu só tenho a dizer para vocês, independente da maravilha que são vocês, o “Recanto das Letras” é uma página tradicional que eu conheço desde o tempo que estava com a Rádio Sol, eu tenho grandes amigos poetas que já postam lá desde aquela época. Mas agora de uma forma especial, porque lá a gente conhece a poesia dos poetas, a gente lê a poesia dos poetas. Agora estou conhecendo o coração, o espírito, a forma de ser dos poetas. Na rádio nos trazemos a vida dos poetas, o encantamento, a participação, nós vemos a atividade de cada um de promover a alegria e a felicidade dos outros. Eu só tenho a dizer e só quero homenagear o “Recanto das Letras” por ter pessoas tão maravilhosas como vocês. Que hoje saem daquela página no sentido de vir à viva voz para Rádio FMG deixando sua poesia e sua pérola por lá. Mas, trazendo para nós o seu coração, a sua forma de ser, o seu amor, o seu carinho, para mim está sendo um orgulho muito grande ter formado na Rádio FMG os poetas e amigos do “Recanto das Letras”, parabéns a todos os poetas que formam o “Recanto das Letras”, obrigado a vocês hoje por fazerem parte da família FMG”.


• Minha imensa gratidão ao Flavio Martinez por ter me concedido a entrevista, ao amigo Agnes Brasil que fez a intermediação da entrevista de forma brilhante, O Agnes auxilia o Martinez na rádio sempre que solicitado, minha gratidão também ao poeta Judd Marriot Mendes que ajudou batante...Ingratidão não faz parte de minha personalidade,por
isto,muito obrigado a todos...



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Interação de  ANGELICA GOUVEA

Fizeste um belo trabalho
A todos eu espalho
Botou profissionalíssimo 
Interagiu com sensibilidade
Onde saboreamos a verdade.

Bela entrevista
Reconheço que aprendi
A amar mais ainda os amigos
Na virtualidade
Deixou aberta a esperança
A de vivermos mais a fraternidade
Olhar a vida com o desejo somente de amar.



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Interação de HICS
Flavio Martinez

F.iz uma notável opção, 
L.endo tudo o que por aqui foi escrito, 
A.s respostas dadas com o coração, 
V.ieram lágrimas, com meu coração constrito... 
I.h! Eu acho que extrapolei... 
O. poeta poderá achar que pirei! 

M.as, o 'garoto' que identifiquei... 
A.h! merece tudo isto ou mais, 
R.ealmente com sua entrevista me encantei... 
T.odas as respostas abertas, não confidenciais,
I.nclusive, vou confessar... 
N.o mais puro do que eu disse, digo e dizia... 
E.m nome da sensibilidade, vivência tremenda e sem par... 
Z.en fiquei, com ele fiz empatia!




Para os poetas que desejam divulgar suas poesias e ouvir a entrevista

Abaixo temos o link da Rádio e o link da entrevista...

http://radiofmg.com/

https://www.4shared.com/mp3/pkySWqMFei/ENTRECISTA_FABIO_AO_FLAVIO_-_1.html




* A palavra "Entrevista" está com um erro de digitação,não troquei  porque para entrar no link vocês devem clicar da amenira que está aí...Um abraço e felicidades...

 
Fábio Brandão
Enviado por Fábio Brandão em 22/01/2018
Reeditado em 27/01/2018
Código do texto: T6232886
Classificação de conteúdo: seguro
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