Viver Sozinho
Viver sozinho não significa necessariamente viver na solidão. Para muitos, a escolha de abraçar a solidão pode surgir do desejo de escapar ao ritmo frenético da agitada vida urbana. Esta decisão vem geralmente de uma atitude ponderada; pode representar uma mudança deliberada e consciente para um estilo de vida mais tranquilo e introspetivo. Em alternativa, pode também resultar da natureza imprevisível da vida – reviravoltas inesperadas que nos levam por caminhos que não tínhamos previsto.
Os seres humanos são inerentemente resilientes e possuem uma extraordinária capacidade de adaptação e aprendizagem face à mudança. Ao longo das nossas vidas, acumulamos uma riqueza de conhecimentos e experiências que moldam quem somos. Desde os primeiros dias que embarcámos numa viagem de aprendizagem: aprendemos a comer alimentos nutritivos, a equilibrarmo-nos ao caminhar, a vestirmo-nos adequadamente para diversas ocasiões e a envolvermo-nos no mundo do trabalho. Juntamente com estas competências práticas, também navegamos pelas complexidades das emoções humanas – aprendendo a gostar, a amar e a confiar, bem como a vivenciar as infelizes realidades da desonestidade, da mentira e da traição.
À medida que navegamos no nosso cenário moral, lidamos com conceitos de bem e mal. Em última análise, cabe a cada indivíduo examinar estes ensinamentos e descartar aqueles que são fúteis ou prejudiciais para o seu bem-estar e para o bem-estar dos outros. É importante compreender que a inclinação para causar danos não é algo que deva ser ensinado; em vez disso, pode surgir naturalmente em ambientes agressivos ou tóxicos.
Para impedir o crescimento da malevolência, os indivíduos devem cultivar ativamente o seu eu interior. Tal como um agricultor deve lavrar e cuidar da terra para criar um espaço próspero, as pessoas devem envolver-se na auto reflexão na educação e na compaixão para evitar que a negatividade se enraíze nas suas vidas. Ao fazê-lo, criamos um terreno mais fértil para a positividade, empatia e conexão genuína, mesmo enquanto navegamos pelas complexidades de viver sozinho.
©️Maria D Reis
20/11/24
Portugal 🇵🇹