🔴 A aparição
Como se fosse uma “miração”, Marina Silva surge contornada pelas chamas da Floresta Amazônica e do Pantanal. Essa representação onírica é falsa, porém, correspondente ao simbolismo da aparição da ministra, sempre assertiva nas falas, mas irrelevante quanto às ações.
Uma estátua cumpriria bem o papel representativo da ministra, afinal, ela é somente um arquétipo. E como esse totem, ela levita pelos congressos e cúpulas ambientais espalhando suas diretrizes do que deve ser feito para “salvar o planeta”. Contudo, sua jurisdição bate recordes de queimadas.
Falando tudo o que querem escutar, ela sabe encantar sua plateia. Aí vai: retrocesso do pensamento preservacionista, emergência global, aquecimento ou mudanças climáticas, modelo insustentável de desenvolvimento, transição energética e a cereja do bolo, o futuro imposto universal: financiamento internacional para combater a crise climática.
A ministra fez um discurso na conferência climática da ONU no Azerbaijão. Novamente, escamoteando a falta de eficiência, ela lançou mão daquele blá-blá-blá histórico, cheio de platitudes verborrágicas que dão a aparência de autoridade climática, mas são vazios. Ela esgota todo o repertório de salvação do nosso planeta, que eu só tive cara de pau suficiente para tentar aplicar até a 5ª série; depois disso, só sendo muito picareta. A Marina não, ela se sente à vontade hipnotizando plateias assombradas com sua presença.
Certamente, a eleição de Donald Trump trará à vida figuras como Greta Thunberg. Apesar de não ser mais aquela criança, a moça ainda conseguirá seduzir a Humanidade com uma pauta política disfarçada de preocupação com o meio ambiente. Com igual interesse, Marina Silva avança a sua ambição política, aproveitando-se da aura de “espírito da floresta”, já que a idade já não seduz pela suposta ingenuidade salvadora.
Realmente, não parece que Marina funcione com o combustível da má índole. Acredito que o que a mantém enganando tantos é que ela passou a crer nela mesma.