🔴 Vexame internacional
É clara a substituição do veículo, bem como, o modo como se consome os conteúdos audiovisuais; as mídias erram quando se igualam à informalidade dos que atraem mais audiência falando em frente a um celular. Isso acontece, num fogo cruzado, querendo diminuir a importância e a influência.
O jornalista Allan dos Santos vem sofrendo uma perseguição estatal e pessoal. Sua reação foi, além do auto-exílio nos Estados Unidos, o deboche, coisa que os ditadores odeiam. No entanto, a imprensa não tem vergonha de “tomar as dores” dos perseguidores. Durou muito tempo o discurso de perseguição no Regime Militar. É legítimo, muitos foram realmente tolhidos, mas existe uma parcela de “resistência de redação” que se alimentou dessa conversinha. E essa máscara começou a cair, a autopromoção não aguentou se manter diante dos fatos.
Foi o que vimos quando jornalistas vêm comentando os vídeos que exibem a liberdade de Allan dos Santos nos EUA. O mais recente episódio é o vídeo que mostra a rotina do Allan como motorista de Uber. Numa demonstração de preconceito explícito, jornalistas riram da situação. O normal seria noticiarem os acontecimentos, mas zombaram e assumiram a posição de informantes pró-ditadura. Embora não tenha um blog, se referiram ao jornalista Allan, como blogueiro e, demonstrando serem analógicos num século XXI digital, ignorando que ele deixara o automóvel Tesla guiar sozinho.
O método dessa ditadura 2.0 é mais sutil, ela asfixia financeiramente, por isso, não mancha as mãos de sangue. Então, têm pessoas que não sabem o que está acontecendo, bem como, outras que até concordam porque acreditam que isso é justiça.
O antigo proprietário do sucesso da internet Terça Livre (atual dono do Timeline) está confrontando o governo de um jeito debochado como o jornal O Pasquim teve coragem no Regime Militar.
Allan já xingou a “justiça”, orientou seus pretensos captores a procurar figuras como o Mickey ou o Pato Donald e fez uma dancinha ridícula no banco de chofer do Tesla. Allan dos Santos zomba da sanha persecutória e delatora porque sabe que não cometeu nenhum crime; os EUA negam a extradição porque também sabem disso.