🔴 Streisand Effect
O “Streisand Effect” (Efeito Streisand) é um fenômeno social no qual a tentativa de esconder alguma informação resulta desastrosa. Contrariando as expectativas, o que era para ser ocultado, viraliza, sendo divulgado até para quem não tinha interesse naquilo.
Foi o que aconteceu com Guilherme Boulos. Não contente com a derrota na disputa pela Prefeitura de São Paulo, o arruaceiro enxergou a possibilidade de contrariar a vontade popular: processará o governador Tarcísio Gomes de Freitas por ter divulgado, durante a eleição, um “salve” (“recomendação”) da organização criminosa PCC para votar no candidato do PSOL. Como a “ligação perigosa” foi anteriormente divulgada, é claro, trata-se de uma virada de mesa oportunista, portanto, safada. Resultado: só se fala da ligação perigosa entre Boulos e o PCC.
Na GloboNews, a turminha de militantes que se sentem jornalistas foi célere ao julgar a “denúncia” de Tarcísio “muito grave”. Curiosamente, eles não têm um critério coerente com o “diga aonde você vai, que eu vou varrendo” que catapultou Lula da cadeia à Presidência da República.
Há anos, o pequenino Guilherme se deparou com uma encruzilhada existencial: seguir uma trajetória correta e admirável, podendo chegar à Presidência da República ou seguir o caminho “fácil” de destruir ao invés de construir, incendiar ao invés de apagar e quebrar ao invés de consertar? Boulos optou pelo caminho mais curto. A partir daí, o guerrilheiro da ‘Selva de Pedra’, sempre perdoado em consideração ao papai, começou a construir sua rejeição.
Apesar da propagação de parte do eleitorado pouco ou nada adepto das atividades laborais, o psolista deve estar muito contente por não ter que ir trabalhar no início do ano que vem. Confesso, procurando emprego, eu já fiquei cansado só de ouvir: você começa amanhã.