🔴 Vai, ladrão
No livro ‘1984’, de George Orwell, a novilíngua representava esta técnica de dominação através da linguagem. Quando algum ministro petista inicia um discurso agradecendo a “todes”, mesmo sabendo que o vocábulo não existe, está dizendo “agora quem manda é a gente” e fingindo uma inclusão.
Em 2007, na sua segunda chance, Lula foi vaiado no Maracanã. Porém, como disse Nelson Rodrigues, ali vaiam até “Minuto de Silêncio”; em 2022, no Grande Prêmio Brasil de Fórmula 1, cantaram a musiquinha do “Lula na prisão”. Oportunamente e rapidamente, ele “explicou” que as arquibancadas da F1 eram formadas por gente rica. Apesar da gente rica fazer parte do povo, a explicação foi aceita; no velório do Pelé, terceiro dia da ocupação do petista, novamente, foi recebido com o veredicto popular. Até o momento não foi criada nenhuma justificativa.
O avião da FAB (Força Aérea Brasileira) decolou levando Lula. Levou também um sonoro “Vai, ladrão”, captado pelo microfone da torre de controle de tráfego aéreo. O ilustre passageiro não ouviu, mas tomara que, contrariando o seu histórico, o evento não contribua para aumentar o desemprego.
Estão abertos quatro longos anos de mentiras, bravatas e sinalização de virtude que enganaram e, infelizmente, seguirão enganando os incautos, distraídos e pilantras. Já teve quem, com sinceridade ou oportunamente, se arrependeram. Tarde demais. Missão dada, missão cumprida.
Algum alento é que o ex-presidiário será perseguido pelo mantra, “Lula, ladrão, seu lugar é na prisão”. Não adianta, esse mantra ecoará aonde o usurpador for e onde ele se esconder. Esconderijo eficaz como as urnas, que registraram 60 milhões de supostos eleitores que se mantêm calados. Aliás, eleitores do Lula: onde vivem, como se reproduzem, do que se alimentam? Essa abstração, que seria a maioria esmagadora que elegeu Lula não se contrapõe aos que não aceitam ser governados pelo ladravaz. Pessoas que jamais foram vistas em comícios ou quaisquer aparições públicas.
Só aparece gente que não fez o “L”.