O Medo e a Fé


O medo é a base de quase todas as emoções negativas. É a consequência natural da falta de sintonia com o EU superior. É como um filho que se perdeu da mãe e está em pânico. A diferença é que o filho sabe que se perdeu da mãe, mas a pessoa inconsciente não se dá conta que desgarrou sua consciência da Fonte provedora. Então, na ignorância de sua própria inconsciência, o ser humano considera o medo como algo natural, uma característica inerente a ele mesmo.
 

O oposto do medo é a fé. É o reconhecimento de que somos parte de algo muito maior, de um Todo em que todas as partes se articulam em diferentes níveis ou dimensões da Existência. Ter fé não significa acreditar que no final tudo vai acontecer como queremos, “basta ter fé”. A fé é a convicção de que o bem não é tudo o que nos agrada e o mal não é tudo o que rejeitamos. Ter fé significa acolher como missão a superação das dificuldades que a vida nos reserva – resolvendo-as ou aceitando-as quando não há solução - e entendê-las como fonte de aprendizado.
 

Quando compreendemos a existência de uma Unidade articulada em sua manifestação, à qual pertencemos, percebemos que todos os processos da Existência têm um propósito e que cada um de nós, individualmente ou de forma conjunta, somos chamados a colaborar com esse propósito. Percebemos também que a intenção fundamental do Criador é o despertar da consciência da criatura, quaisquer que sejam as formas, os caminhos ou as experiências que devam ser vivenciadas.
 

Aqueles que identificam este fluxo e se entregam a ele plenos da energia criativa dos planos superiores - plenos de Amor - nunca são assediados pelo medo. E a lógica é simples: Como imaginar que aqueles que colaboram no propósito do Criador, com Amor incondicional e irrestrito, poderiam ser ameaçados pelas aleatoriedades da dimensão tempo-espaço, produzidas por seres inconscientes, e das quais eles próprios são vítimas? Como imaginar que o Criador possa sacrificar aqueles que colaboram com sua Obra, a menos que seja para proporcionar seu crescimento? Esta convicção profunda e absoluta podemos chamar de Fé.
 

Entrar no fluxo cósmico da Existência e colaborar conscientemente com o Plano do Criador – que envolve o nosso próprio crescimento, com ou sem sofrimento - é o único motivo de nossa presença neste planeta. O sofrimento é apenas a consequência da negação rebelde ao aprendizado, que torna necessária a repetição da experiência, talvez mais incisiva, para vencer a rebeldia.
 

O círculo vicioso da experiência sem aprendizado é criado por uma atitude mental de negatividade que culpa a tudo e a todos pelos infortúnios que proliferam e se agravam a cada ciclo. Daí o medo; daí o egoísmo que tenta assegurar a proteção contra tudo e contra todos que ameaçam a sobrevivência, na competição pelos recursos escassos, sejam materiais ou psíquicos.
 

O medo é resultante da crença de que a sobrevivência física e psíquica depende de quão intensa e eficaz é a relação com a exterioridade, seja ela nas conquistas ou na defesa de si mesmo. O medo é o resultado da aposta na separatividade, na competição e no conceito ilusório do que é a felicidade.
 

O medo está atrelado à linha do tempo:

Medo do passado que me assombra, medo do futuro que me ameaça. 

 

A fé está presente no eterno Agora:

Fé na conspiração do Universo para derramar Luz e abundância através do meu canal de sintonia permanente com o EU Superior.

Roberto Guelfi
Enviado por Roberto Guelfi em 26/04/2021
Reeditado em 16/01/2022
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