O Novo Normal

Nenhuma pandemia foi igual a do coronavírus. Ao menos na reação. Enquanto avançava a soma de mortos, Doria e o Butantan anunciavam as “vidas salvas”, atribuídas a eles. Os números eram tão aleatórios, porque irreais, que devem ter sido sorteados num globo de bingo.

CoronaVac, Vacina do Doria, Vacina chinesa, Vacina do Butantan, Vachina, diversos apelidos são atribuídos a essa droga, que virou lenda, piada e meme. A droga, que querem aplicar à força, tem o beneplácito do STF. Sim, um juiz, atropelando cientistas, usa sua arrogância (autoridade) para, politicamente, “salvar vidas”. Esse unguento, que foi manipulado por algum curandeiro, foi inventado em tempo recorde.

João Doria se revelou um estraçalhador de reputações.

Exemplos:

▪️David Uip (coordenador do Centro de Contingência para o coronavírus no estado de São Paulo): o infectologista foi obrigado a esconder que havia feito o tratamento da covid-19 com cloroquina. A recomendação médica vazou e Doria, querendo sempre tomar a frente e forjar um protagonismo, assumiu a recomendação. A emenda saiu pior do que o soneto. O estrago já estava feito e o reconhecimento do infectologista arranhado. Ele se afastou antes que o prejuízo aumentasse;

▪️o Instituto Butantan, com 120 anos, sempre teve um nome a zelar. No entanto, embarcou no marketing açodado de Doria. Mesmo com a aprovação da vacina, saiu arranhado. Para piorar, surgiu o “Funk do Butantan” e será lançado o “Funk da Vacina”. Com essa, Doria e o Butantan vão descendo... descendo até o chão;

▪️João considera o STF mais importante que a ANVISA na questão da aprovação do imunizante. Os trâmites não foram concluídos a contento, porque o contrato tem que atender um tal “acordo de confidencialidade” e números de eficácia que são conflitantes, ou mentirosos.

Diferentes resultados de eficácia da CoronaVac:

🔹Perto de 100%!

🔹78%: o anúncio era inteiramente uma meia verdade;

🔹65%: resultado apresentado pela Indonésia;

🔹60%: já foi anunciada que eficácia da CoronaVac ficou abaixo de 60%;

🔹50,38%: dados fornecidos dia 12 de janeiro.

Os mais recentes números são contestados porque “batem na trave” do generoso limite aceitável de 50%. Além de não garantir a imunização, a droga foi desenvolvida tão açodadamente que não existe segurança quanto a efeitos colaterais.

O governador de São Paulo apareceu com uma vacina originária do mesmo país do coronavírus. O laboratório chinês (Sinovac) tem histórico de propina. Além disto, a Sinovac e o Instituto Butantan têm um acordo de confidencialidade, que envolve o caso em mais mistério. Doria, querendo empurrar o uso da ineficaz vacina de qualquer jeito e ao maior número de unidades federativas, espalhou outdoors pelo estado do Mato Grosso do Sul! Seus movimentos são friamente calculados, absolutamente tudo é pensado para sair bem na foto e junto à opinião pública: as coletivas, num amplo salão e atrás do púlpito; a pose com a caixa do que pode vir a ser uma vacina, sempre em frente ao avião e a faixa: “a vacina do Brasil”. As imperativas recomendações “#Fique em casa”, “#Use máscara” e “#Vacina já”, não passam de retóricas para um medicamento que oferece apenas meia proteção.

O governador de plástico conseguiu fazer tudo conforme planejado. Assim que aprovado o imunizante que não imuniza, ele fingiu chorar, tirou excelentes retratos e começou a furar os paulistas. Calma! Após a vacina, vêm mais restrições à circulação, uso de máscaras e, claro, álcool em gel. Ah, o placar macabro, infelizmente, não cessará.

RRRafael
Enviado por RRRafael em 19/01/2021
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