Nada é como antes...

Onde estão meus pais que os meus braços não os alcançam mais?

Meus irmãos que não compartilham mais comigo a feijoada de domingo?

Onde se escondem meus sobrinhos, amigas, amigos?...

O que aconteceu com meus filhos que chegam de longe, com sorrisos amarelos e só falam “oi”?

E com os netos que são impedidos de conviver com os avós?

O privado tornou-se o mais seguro e o público o caos... Em meio a balburdias, promovem-se discussões infundadas, incentivo a invasões, desrespeito as pessoas, suas vidas, seu trabalho e suas profissões.

As TV nos colocam por dentro de uma triste realidade, que mesmo óbvia, alguns tentam negar.

O “nós” não importa mais, o público se tornou lugar de discórdia de brigas e disputas. É cada um por si. Como Deus será por todos se nos trancamos em nossas cavernas de egoísmos e vaidades?

Por que não nos respeitam mais? Não respeitam a ciência, as evidências, o sofrimento e as mortes? Arrancam cruzes, espalham o sofrimento e o terror.

Por que desacreditam nas evidências, e tentam minar teorias que tentam proteger vidas?

Por que não incentivam as experiências, a criação de recursos alternativos, a simplicidade e a descomplicação?

Por que não nos deixam livres para formular nossas próprias teorias, acreditar em nossos propósitos e seguir em gente...

Criaram plataformas, canais virtuais, aulas virtuais, mas se esquecem do principal: incentivar a vida... dar condições iguais a todos de viverem como seres independentes, com segurança e poder de sustento.

Quero ter de volta minha família, meus amigos, meus alunos...mas, quero também a segurança de que caminharemos firmes... e olhando para trás é claro... para que tudo isso nos sirva de lição.

Nalia Lacerda Viana