Janis Joplin a minha primeira estrela
Eu tinha 16 anos, fazia novas amizades e o meu primeiro amor havia acabado tão rápido que nem tive tempo para me acostumar. Pensei: “será que o efeito do amor dura mais que dez baseados?”. E foi exatamente nessa época em que os hormônios e a mocidade me transformavam que, Janis Joplin apareceu na minha vida. O primeiro LP (é isso mesmo, disco de vinil, tenho ate hoje uma coleção de vinil da Janis que cuido como relíquia) dela que eu ouvi foi “Farewell Song” que bateu tão forte dentro do peito, que me apaixonei completamente. Com as canções de Janis Joplin não há meio termo, ou você gosta de paixão ou passa batido. Também é importante dizer que naquela época era de certa forma comum aos jovens entre aspas “malucos” cultuar certa adoração pelos grandes astros da musica que já haviam passado desse para outro mundo. Entre esses, só para citar alguns, alem da Janis, estavam Jim Morrison, Jimmy Hendrix, John Lennon.
Janis nasceu no Texas em janeiro de 1943, começou a cantar country e blues na década de 60. Mas foi por volta de 1966 ao se tornar vocalista de uma banda, Big Brother and the Holding Company, que começou a projetar-se. Um ano depois no festival de Monterrey contagiou a platéia com uma apresentação alucinante. Nessa apresentação apoteótica entre as canções, destaque para sua versão de “Summer Time” que levou a galera a loucura. Alem da voz rouca e marcante, Janis impressionava, sobretudo pela performance contagiante e inusitada e também pelas plumas e cores que faziam parte do seu vestuário. Janis era uma figura conturbada, passava da euforia ao desespero com a mesma facilidade. Louca no extremo da palavra. bebia compulsivamente e usava heroína e barbitúricos constantemente. No palco tanto emocionava quanto comovia tamanho era explicito em dados momentos o seu desequilíbrio emocional. Ela costumava dizer que transava com trinta mil pessoas ao mesmo tempo quando estava no palco, mas, quando chegava a sua casa se sentia a pessoa mais solitária do mundo. Diga-se de passagem, ela curtia tanto homens quanto mulheres, era do tipo, o que vier eu traço.
Janis Joplin morreu aos 27 anos de overdose de heroína em quatro de outubro de 1970. E desde então varias coletâneas sua foram lançadas. Fãs espalhados pelos quatro cantos do mundo indicam que o mito Janis Joplin continuará por tempo indeterminado há compor o cenário da musica universal. No que diz respeito a sua conduta pessoal, ao modo como ela encarou a vida e as drogas. Cada um que pense o que quiser, ate porque não uso e nem recomendo a ninguém usar drogas. Para mim, no entanto, Janis Joplin exatamente como existiu, foi e será sempre um bom motivo para ouvir a musica e para pensar a vida...
musica de fundo
Summertime (Jenis Joplin)
Summertime (Jenis Joplin)