A ESTRADA DA VIDA
A estrada da vida é sinuosa, cheia de altos e baixos, aparentemente de mão única, tendo seu fluxo veloz ou lento dependendo de cada viário que por ela transite.
Seu destino é traçado desde que acessou a rodagem, e seu tempo de viagem depende das suas condições locomotoras e da atenção a suas sinalizações prevista.
O refluxo existente é oculto, sabe-se lá qual é a sua quantidade, porém é credo que exista, pois muitas vezes sua vinda a nosso encontro é como carro madrinha que nos leva em comboio nas incertezas da meteorologia que nos apresenta no decorrer da viagem.
Os acidentes de percurso são socorridos na medida em que são cometidos, na certeza na solução para continuação da viagem marcada. Desconhecemos os socorristas, pois variam conforme o plantão escalonado. Porém temos a certeza da ajuda, é uma questão de tempo de espera, ao nosso encontro.
As paradas necessárias são de alto ajuda às nossas conveniências, que precavidas com abastecimentos e reparos corriqueiros nos protegem dos maus presságios, quando não solucionam nossas dificuldades.
Muitas vezes precisaremos solicitar ajuda que conseguiremos por interfone da oração. É preciso dizer a onde nos encontramos, para sermos atendidos com rapidez, caso contrario ele vira sem urgência no atendimento.
Devemos perceber a beleza da nossa viagem, sua paisagem, seus encantos, a natureza nos propicia cura e felicidade, nos socorrem da sede e da fome. O sol nos aquece a chuva nos refresca, a lua nos convida a meditação dos astros que nos rodeiam.
E ao final da estrada a viagem não termina, ela foi apenas um meio de viajar. Agora ela continua aérea, espacial, atemporal, ilimitada no mundo parafísico, e metafisico.
Nossas bagagens foram uteis no percurso terrestre, tivemos necessidades delas, em que pese nossos cobiça, luxuria, avareza, gula e preguiça, tão própria do ser humano. Mas aos passarmos para vida eterna, nada mais é preciso para nossa sobrevivência.
Chico Luz