A Queda da Bastilha Brasileira
O episódio da Queda da Bastilha foi o ícone do desmoronamento do "Ancien Régime" francês. Simbolizou não só o marco inicial da Revolução Francesa, mas também a sucumbência da monarquia na França e de todo o sistema de servidão medieval no qual se apoiava. A ascensão dos princípios modernos pelos revoltosos pavimentou o caminho para que o Império de Napoleão os levasse aos povos conquistados, fomentando, por fim, o desaparecimento das relações servis em toda a Europa. A Modernidade, portanto, chegava a seu ápice.
Contudo, não foi plenamente efetiva. Pelo contrário, os princípios modernos tardaram a chegar em vários locais do mundo. O Brasil é um exemplo. Muitos podem argumentar que a monarquia há muito desapareceu em Pindorama, mas há de se observar que as relações servis, patrimonialistas, perduraram. A cultura brasileira não absorveu bem os valores da liberdade, da ordem secular, do governo popular.
Com efeito, há no imaginário nacional um completo disparate: o bem público é senão uma continuidade do particular. Os interesses de Estado se misturam aos dos governantes. Castas de servidores públicos antes servem a si mesmos. À grande massa do povo resta a servidão, que vem na forma de pesados tributos e obediência às infindáveis leis criadas pelo estamento burocrático.
Quando é que teremos a nossa Bastilha? Antes uma branda modificação institucional que uma revolução sangrenta. Mas a tomada de consciência pela população é necessária: ainda temos um antigo regime que precisa cair. Enquanto o povo digladia entre si sobre temas de pouca importância, o antigo regime se mantém de pé.
Será que teremos força para uma nova Bastilha?
O episódio da Queda da Bastilha foi o ícone do desmoronamento do "Ancien Régime" francês. Simbolizou não só o marco inicial da Revolução Francesa, mas também a sucumbência da monarquia na França e de todo o sistema de servidão medieval no qual se apoiava. A ascensão dos princípios modernos pelos revoltosos pavimentou o caminho para que o Império de Napoleão os levasse aos povos conquistados, fomentando, por fim, o desaparecimento das relações servis em toda a Europa. A Modernidade, portanto, chegava a seu ápice.
Contudo, não foi plenamente efetiva. Pelo contrário, os princípios modernos tardaram a chegar em vários locais do mundo. O Brasil é um exemplo. Muitos podem argumentar que a monarquia há muito desapareceu em Pindorama, mas há de se observar que as relações servis, patrimonialistas, perduraram. A cultura brasileira não absorveu bem os valores da liberdade, da ordem secular, do governo popular.
Com efeito, há no imaginário nacional um completo disparate: o bem público é senão uma continuidade do particular. Os interesses de Estado se misturam aos dos governantes. Castas de servidores públicos antes servem a si mesmos. À grande massa do povo resta a servidão, que vem na forma de pesados tributos e obediência às infindáveis leis criadas pelo estamento burocrático.
Quando é que teremos a nossa Bastilha? Antes uma branda modificação institucional que uma revolução sangrenta. Mas a tomada de consciência pela população é necessária: ainda temos um antigo regime que precisa cair. Enquanto o povo digladia entre si sobre temas de pouca importância, o antigo regime se mantém de pé.
Será que teremos força para uma nova Bastilha?