Conceitos

Conceitos

Dar nomes às coisas é fato inerente a nossa vontade e nos leva a muitas reflexões.

Tudo com o passar do tempo muda, se moderniza, culturalmente, socialmente e “tribalmente”. Gírias mudam, conceitos científicos e técnicos mudam.

Lembro-me que na escola, sempre aluna inquisidora em pensamento, pois era tímida- eu me perguntava: “de onde veio esse nome HIPOTENUSA? Será hipo=água+tênia=lombriga – minha mãe chamava assim – e o sufixo usa? O que seria? Bissetriz, que rima com meretriz, bi dois, me meio? Delta, PI, e os símbolos matemáticos por aí afora? Quando li Malba Tahan – O Homem que Calculava- esperava algumas respostas. Para minha indignação, respostas não obtive. Ao menos sobre os conceitos.

Venho da escola tradicional, anos de chumbo. Aprendi muito, mas dada a rigidez o respeito que chegava ao medo, as perguntas ficavam apenas na cabeça de criança curiosa.

Em outras áreas do conhecimento então...Sabia, e deixando a modéstia de lado, era boa aluna em Língua Portuguesa. Tudo, Gramática, Redação, Leitura e Interpretação. Isso levou a dar resposta para o que me tornei, professora. Fiz Letras.

Aí, sempre consegui graças à etimologia e ligação aos radicais e pré e sufixos, uma facilidade em identificar novas palavras e seus significados. Além do gosto pela leitura precocemente adquirida.

Vivemos hoje mudanças nos conceitos científicos e do cotidiano significativas. Difícil se atualizar com essa modernização nos conceitos na informática, gírias e etc. As redes sociais também tiveram grande importância no uso de novos conceitos. Hashtag soudobem. Já leu isso? Pois é. Quem está antenado certamente já.

Estar por dentro das tendências e se modernizar requer uma quebra de paradigmas e de aceitação do novo. De que não estaremos inseridos nesse mercado no sentido de comunicação social se não deixarmos o ranço do pragmatismo educacional sem mudanças, de inovação e cientes de que a sociedade segue a história que é mutável e em eterna transição. Como diz meu pai, sábio homem, nós antigos é que temos que nos adaptar aos modernos. Não eles a nós. Cabe ao descrito acima. E nada a dizer contra.

Silvinhapoeta
Enviado por Silvinhapoeta em 12/03/2018
Código do texto: T6278229
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