AMOR?

O amor?

Muito se fala, canta, diz e se ouve esta palavra.

Muitos dizem ser este o mais sublime sentimento.

Outros que o amor é a essência da vida.

Para tantos não se vive sem ele.

Para outros a vida deixa de ter razão quando se perde um grande.

O que é o amor para você?

Por certo a resposta é doce, cândida, como a própria palavra nos remete a pensar.

Todos têm um conceito ou uma resposta do que seria o amor.

Mas e se mudamos a pergunta para:

Você sabe amar?

Depende, né?

E por qual motivo depende?

Do grau de elevação que o amor já se traduz na nossa vida.

Se tivermos o amor como um sentimento que nos une pessoa, no sentido de que esta pessoa nos pertence ou a ela pertencemos, amor ainda não é o que sentimos.

Se tivermos o amor como um sentimento que depende do que vem do outro, na medida em que amamos aquele que nos ama, amor ainda não é o que sentimos.

Se tivermos o amor como um sentimento que depende do bem que o outro nos faz, sem nos perguntamos qual o bem que fazemos pelo outro, amor ainda não é o que sentimos.

Contudo:

Se tivermos o amor como um sentimento que nos faz querer o bem do outro, sem nos preocupar se algum bem está chegando para nós;

Se tivermos o amor como uma conquista diária que nos faz querer sempre nos melhorar, seja do ponto de vista moral e espiritual.

Se tivermos o amor como uma conquista diária, lutando contra os sentimentos que nos fazem caminhar mais lentamente como o ódio, o rancor, a mágoa, a tristeza e a desilusão;

Se tivermos no respeito ao outro um fundamento de vida, nos colocando sempre no lugar do outro, antes de fazemos qualquer juízo de valor.

Se conseguirmos ver e perceber a alegria da vida, no som da natureza, na beleza dos céus, na pujança das flores, na delicadeza de um sorriso infantil.

Então estamos começando a caminhar para a vivência do amor. Não o amor verdadeiro, simplesmente o amor, pois amor que não é verdadeiro, certamente que não é ainda amor.

Sigamos.