A ciência e o tempo
Ensaio sobre o princípio e a importância do zero.
 
No princípio Deus creou...
Esta frase causa arrepio em muitos cientistas.
A comunidade científica vive em constante dilema, navega num oceano de autoconhecimento e revelações dentro do que considero um mundo limitado, ou por outra, ilimitadamente inatingível. Explico. Por mais que se desvende o futuro e avance no conhecimento, sempre haverá algo a descobrir. Não há um limite nessa busca, é, portanto, inacessível. Estaremos sempre um passo atrás do inédito, do princípio. E qual a causa desse ineditismo? Uma força motriz que gera incessantemente novidades. Algo ou alguém que não para de crear. Os cientistas se apegam ao expansionismo da matéria. O universo em constante expansão. Para nossa sorte e deleite, essa busca nos traz novidades e soluções. Vem daí todas as conquistas da ciência. A qualidade de vida e convivência salutar. Se a busca pelo primórdio cessa, interrompe-se o progresso. Mas, jamais será possível ao homem a certeza do princípio.

Gen. 1,2 – “A terra porém era sem forma e vazia; havia trevas sobre a face do abismo, e o Espírito de Deus pairava sobre as águas”.
O nada não existe. Na simbologia dos números, o nada é representado pelo zero. O zero, por sua vez, é um círculo. E como sabemos, o círculo é a representação da continuidade, do infinito. É, então, a representação simbólica do Espaço absoluto, inatingível e incompreensível, sobretudo, para os limites da compreensão humana. Porém, no versículo acima, o Espírito de Deus paira sobre as “águas, isto vem significar que, embora ainda não se mostrasse, Deus era presente. Na falta de terminologia apropriada, o andar sobre as águas”, significa sua onipresença, onisciência e sua supremacia sobre o todo.