Sincretismos e hibridismos entre culturas e os desafios da Evangelização.

Deparamos com sincretismos de todo tipo, que variam de latitude e altitude. Os contextos desafiantes à evangelização cristã está com contornos diferenciados entre os ocidentais e orientais. Tantas religiões tanto quanto às culturas que as interpenetram. Sobrevivem os crentes como falantes e usuários de culturas e crenças. O suporte da imanência e sobrenaturalidade projetadas se intercambiam à medida que se aprofundam as relações de poder desigual entre os que evangelizam e os que são evangelizados. Nesse sentido, a força do Evangelho tende a criar vida e superar os limites das ambições e limites humanos, vencer barreiras e intolerâncias, faltas premissas e hipocrisias. O homem propõe e Deus e seu Espírito é que dispõem no tempo para a eternidade.

Hibridismos culturais se avizinham entre caprichos e heroísmos de missionários que migram de suas culturas e adotam outras. Na América, violências do Santo Ofício e eurocêntricas opressões aos indígenas e negros. No Oriente, entre tensões seculares de negociações de conflitos inter e inculturais da fé cristã com outros grupos e religiões como o Islã, o Budismo e o Indianismo.

Sugiro a leitura de Religiões: Tudo o que você precisa saber antes de morrer, de Oiced Mocam. O autor propõe uma leitura sobre os interesses mais estranhos do cristianismo, que fogem da proposta de Jesus no Evangelho. Nada justifica a intolerância religiosa e os absurdos em nome da fé. A cruz e a espada juntas no colonialismo.

Instigante leitura desde que contextualizada para fortalecer a fé e purificar a visão cristã contra os abusos de grupos que estão mercadologizando a religião. Não é iniciativa nova!

Para ensinar Jesus aos orientais, houve uma tentativa de equiparar Jesus a filho de Xiva.

O texto de Mocam acima já citado, faz crítica à Universal com a modificação das figura de Edir Macedo. A similitude entre shopping e o Templo de Salomão leva o crítico a considerações sobre a dificuldade de incluir na liturgia aí fechada (sem janelas, citando a Laura Capriglione) a vida das pessoas concretamente. Um bricolé e um mix entre entre fé e apelo ao judaísmo. Toda ostentação de luxo e poder poderia ser canalizado para um hospital, enfatiza o crítico.