Da titular, licenciada, ao em exercício (25)

Querido,

mais trabalho para o juiz Sérgio, hein, com esse anúncio de delações premiadas em cascata? Já tão ocupado com a biografia e as homenagens a que faz jus, esse pobre homem ainda desMOROna...Mas, a esperança, hás de convir comigo, é essa nova personagem que acaba de entrar no jogo, o Machadinho. Esse tem conhecimento das glandes transações internacionais e muito há de nos iluminar nas andanças e euranças do capital sans frontières - sobretudo agora que o canal do Panamá parece estar se fechando a vazamentos.

E a enrascada do vizinho Morales, que coisa, né? Impedido de chegar a um quarto mandato por força do referendo de fevereiro, achou por bem botar a ex-namorada Zapata - incomunicada - atrás das grades. E como sabes, o ambiente prisional na Bolívia requer um estômago forte. Lembras-te do exemplo dos inocentes torcedores do Corinthians que tiveram que amargar um tempo lá?

E ainda não acharam o menino japonês que foi deixado na beira da estrada pelos próprios pais, perdido desde sapassado - tou voltando ao falar mineirês, como vês. Ainda bem que ele sabe jogar pedras e poderia assim espantar algum urso mais abusado. Mas aquele corpinho de bebê, retirado das águas do Mediterrâneo após o naufrágio da nau frágil dos candidatos a imigrantes foi que mais me cortô o coração. Desde a morte de Chico Mineiro, não vi coisa mais cruel. Com certeza, o Japona da Federal podia resolver esse problema, mas ele anda tão ocupado ultimamente que nem ouso pedir.

E as duas Pastas Ministeriais ainda sem titulares...Não sei se já terás nomes "in pectore", mas ando pinicando para dar uns palpites, pois gente honesta, presta e sem muita fresta, abunda. Bem o sabes, pois afinal trabalhamos em perfeita sintonia por mais de cinco anos, sem contar os meses memoráveis de campanha.

Mas tirante o Aecim, adversário cavalheiresco e realizador que, infelizmente anda muito re-traído ultimamente, ocorreu-me citar a energética Janaína, sem cujo denodo eu não teria essas férias que agora gozo na plenitude. Outro nome a se considerar seria o de Silas, homem de Deus - e dos meus. Não que eu tenha menas - olha a influência lúdica aí ...

num Edir, num Só Ares, ou, para se preencher a quota de minoria, num Valdemiro, que nunca há de jogar a toalha.

Viste só onde o Trump foi se meter? Numa ação judicial em que está metido foi criticar um juiz e chegou a singularizá-lo como mexicano...ah, pra quê... Ainda bem que isso não acontece entre nós, né, onde o Judiciário é respeitado em sua íntegra sacralidade. Agil mar, perdão, agiu mal, o martelo da Justiça - que jamais foi ditadura - desce a pau.

Pamonha? Ou vais de croissant mesmo?

Bejim, Didil

Paulo Miranda
Enviado por Paulo Miranda em 01/06/2016
Reeditado em 01/06/2016
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