Sobre nossa compreensão das coisas, das ciências e do mundo

Desde que os testes de QI foram inventados, uns 100 anos atrás, vimos, a humanidade, ganhando, consistentemente, 3 pontos de QI por década, acrescentando ao nosso QI atual uma pontuação mais de 30 pontos acima da obtida na época.

Seguindo essa tendência, podemos supor que em uns 300 anos, pessoas inteligentíssimas habitarão o planeta, tão inteligentes que nos farão parecer criancinhas.

Conversaríamos normalmente com crianças de tal tempo, enquanto veríamos as pessoas da época agindo e falando de maneira incompreensível, além de nosso alcance.

Podemos pensar que após outros séculos, essas mesmas pessoas se deparariam com outras, muito além delas, e assim sucessivamente, não havendo um limite para a compreensão, para a inteligência, evidenciando o fato de que quase nada podemos compreender, possuindo o discernimento de criancinhas muito pequeninas de tais tempos

Contemplando-nos sob tal ângulo, podemos intuir a precariedade de nossa ciência, e de todo o nosso conhecimento; certamente, apenas, arranhamos, esboçamos umas tentativas de compreensão do mundo, somos como crianças.

Em breve, surgirão máquinas inteligentes que, de imediato, superarão tais dificuldades humanas. Tais máquinas construirão outras ainda mais aperfeiçoadas que elas, essas também idealizadoras de novas máquinas cada vez mais aprimoradas.

Muito provavelmente, também, arriscaremos aperfeiçoamentos transumanos, utilizando ferramentas genéticas para aumentar a inteligência dos nascituros, e ligações neuroeletrônicas diretas conectando rede de computadores e cérebros através de interfaces imediatas entre uma e outros. Chips implantados diretamente no cérebro deverão, em breve, disponibilizar os conhecimentos e potencialidades de toda a rede diretamente aos cérebros, que não distinguirão o conteúdo da rede de seus próprios pensamentos, tendo-os todos à disposição imediata. Tal poder, sem precedentes, será antagonizado pelo fluxo exatamente inverso: os pensamentos do cérebro estarão, analogamente, disponíveis à rede sendo controláveis por ela. Todas as inteligências se fundirão em uma só.

O quadro futurista tende a se materializar em poucas décadas. Já nos é possível “construir” crianças dotadas de inteligência descomunal, adicionando-lhes material genético capaz de ampliar sua inteligência. Também não parece ter restado impedimento fisiológico para a conexão direta cérebro/rede, havendo ainda umas dificuldades de compatibilização entre os pensamentos humanos e os da rede. Creio que os impedimentos éticos tenham sido o fator preponderante para a superação das limitações técnicas ainda existentes. Estamos lidando com forças muito superiores a nós, e incontroláveis.

Em 30 anos estaremos vivendo em um mundo futurista muito distante do atual. A velocidade das transformações será acelerada a extremos cada vez maiores. Em 50, o perfil do mundo é completamente inimaginável.

Meu vídeo sobre o assunto:

https://youtu.be/9h9iuWESqec

tags: sociologia, ciência política, redes complexas, biologia generalizada, neuronização, testes de QI, transumanismo, futurismo.