Espetáculo circense
Um álibi, um a prova cabal, um laço de fita. Um dia doce e nublado, aqueles que busca aconchegar no estofado com seu caso ou cônjuge, compraria toda? A parcela disso talvez, um raro e largo sentimento. “Acho ainda que está confuso em seus pensamentos”. Já foi, esta feito.
Quando o palco estiver montado, terá ainda tempo para esconder, não se importe com o seu medo, esta fácil, cortar, “sim”, bem pequenininho, assim como os moinhos que moem bem de mansinho e miúdo. Tocar aquela canção? Uma insinuação deselegante esta. A hora é inoportuna, aflija seus dentes quando for pego, do mais, trate de se portar como sempre se portou. Sim, como sempre se portou.
“Não gosta de sopros”, não mencione mais uma vez, estou farto de saber disso, como se sua opinião fosse relevante, esperas que mude minha forma? Seja indulgente, tenho cartas. “Não faria”. Se puder alocar meus dois dedos sobre a mesa, faria.
Percebe? Uma pocilga, imunda, assim, a hora não importará. “O espetáculo em breve iniciará”. Corrompa-o. “improvável” permita a mim então?
Faça jus, mas arranque mais gargalhadas do que consegue ser asqueroso, sei que não conseguirás. “Um assassínio, não te é indiferente, meça as palavras”. Uma âncora, levaria um rinoceronte até a lua nos ombros. “Ótimas metáforas e péssima atuação melodramática”.
Feriu em cheio, amanhã o corpo já estará inerte. “porque não hoje?”As abelhas buscam o mel de pouco em pouco. “Um blefe premeditado”. Talvez não seja tão insolente, o dia amanhecerá e a alvorada trará novas oportunidades. Erga os olhos, coloque os sapatos grandes, e ajustes as calças largas, temos ainda que burlar essas pessoas.
- Marcos Leite
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