NEM SEMPRE
A vontade se torna em feito;
As fontes minam;
O amor se transforma em ódio;
A vaidade leva à beleza;
Os últimos se volverão em primeiros;
As lágrimas se deixam ver;
As dores se expressarão em gemidos;
A alma alardeia seus encantos e desencantos;
O poeta fala dos seus amores, dos seus sonhos ou chora suas lágrimas
Apenas se deixa... Ao acariciar da inspiração, deleita-se, com
O fluir dos sentimentos,
Os encantos se tornando em efeitos;
O aglutinar das gotas formando os mares;
As lágrimas na assepsia dos cancros;
O amenizar das dores suavizando os prantos.
No deixar do poeta o realizar-se da poesia, que ao se decantar
Revela no todo ou em parte o sujeito que se oculta nos versos -
O Leitor!