Breve olhar literário

Uma vida se constrói de leituras, interpretações e muito mais que observações, se faz de sentir o que falamos, de expor o que se experimenta e de viver plenamente...

A história da humanidade está permeada pela literatura, sem ela não poderíamos conhecer o que sabemos hoje com tanta evidência. Mas para que ela chegasse até aqui, foi necessário percorrer um longo caminho. No entanto, este nos mostra quão importante foi percorrê-lo.

O sabor da leitura literária, o véu que nos envolve como brumas gráficas invadindo nossos sentidos é o que nos faz abraçá-la com o coração.

Entendo que ela deva ser sentida com leveza, sem muitas preocupações mecanicistas e tecnicismos, para que não se torne enfadonha àqueles que querem fruí-la. Deixar que ela adentre no âmago do nosso ser, nos dando prazeres e nos levando a lugares em que jamais poderíamos chegar tão espontaneamente e de forma tão aprazível.

Podemos, por meio dela, criar novas possibilidades na vida, na carreira, em todos os nossos caminhos e esquinas da nossa existência. Na literatura, a leitura é democrática, podemos ler os grandes clássicos como A divina comédia, A Odisseia ou lermos as literaturas “de massa”, tão difundidas, ou até mesmo a possuirmos e não a ler, ter a liberdade de apreciar a obra pela semiótica da capa, que tanto nos seduz.

No âmbito educacional a literatura deve ser exposta aos alunos de uma forma diferenciada, construindo-a com analogias do dia a dia, desta forma poder-se-á excluir da mente deles o peso que ela trás consigo, desmistificando a ideia de que a literatura é algo a ser banido de suas vidas.

Ela sempre teve um papel de suma importância à sociedade, pois foi utilizada pelos grandes autores para mostrar a realidade do cotidiano e muitas denúncias à sociedade. Teve sempre um papel imprescindível para demonstrar a realidade de forma literária e até subliminar, com uma verossimilhança intrínseca ao seu tempo.

Como é natural ela adquiriu uma nova “roupagem”, com novos autores, cunhando novos caminhos literários.

Temos hoje uma verdadeira “incursão” no mercado literário de uma nova literatura, a “literatura de massa”, esta chegou de uma forma bastante incisiva. Uma literatura “pronta” para o consumo, que não há uma verdadeira necessidade de se analisar o que se quer dizer, pois já está bem explícito. Há que se reconhecer que devido a ela houve um aumento na quantidade de leitores – o que é um ponto a ser considerado com bons olhos.

Enfim a literatura, independente do seu gênero, é a construtora do ser humano, ela vai lapidar e transformar uma pedra bruta em uma joia de extremo valor. Valor este que nos dirá o que seremos doravante.