PEQUENO EMPREENDEDOR
A VACA E SEU LEITE
A vaca (leia-se loja — com mercadorias)
Leite (leia-se lucro líquido (livre) independente dos custos obrigatórios com mercadorias)
A experiência diz que as despesas particulares do comerciante não podem ir além do lucro líquido de sua loja — ele só pode gastar o leite que a vaca dá, ou seja, não deve mexer na carne da vaca: dinheiro para comprar mercadorias = o tal capital de giro.
Se as despesas pessoais forem mais do que o leite (lucro) que a vaca dá, a vaca começa a ser atingida na carne (diminuindo os itens da loja que equivale diminuição de pasto para vaca). Uma vaca sem pasto começa a produzir menos leite (lucro) até morrer de fome, uma loja sem mercadorias caminha para a falência.
Uma loja bem sortida terá mais cliente, uma vaca bem tratada dará mais leite. O ideal é pegar um pouco desse leite, se ela der dois litros, por exemplo, pegar um litro e comprar ração para ela engordar ainda mais (mais mercadoria, mais itens para loja). Com isso a vaca vai ficando cada vez mais forte e, por conseqüência, ao invés de dois litros pode passar a dar três. Com mais leite (lucro), ao final a vaca pode até parir outra vaca (outra loja). Cuidado! De vez quando ela pode diminuir o leite: janeiro é diferente de agosto. Logo é bom ter uma reserva para o período de seca (mês fraco no comércio). Jorge lemos.
jorge lemos autor do São Tomé e o Pacifista — romance místico sobre São Thomé das Letras