O MILAGRE ECONÔMICO
                                                                                   
Os anos setenta marcariam os anais da história do Brasil como os anos do “Milagre Econômico”. Muita atividade econômica e quase nenhuma atividade política. Com a imprensa amordaçada, os partidos políticos cooptados, os movimentos estudantis e os sindicatos devidamente controlados, o governo pode, de certa maneira, trabalhar em paz e lançar alguns projetos de impacto para alavancar a economia nacional. Esses projetos faziam parte do Programa de Metas e Bases do Governo, que tinham por objetivo fazer o PIB brasileiro crescer entre 7 e 9 por cento ao ano e colocar o país entre as principais potências econômicas do mundo.
A construção da Transamazônica, o estabelecimento do mar territorial de 200 milhas, a expansão da fronteira agrícola, a construção de grandes usinas siderúrgicas e estradas de rodagem, os mega-projetos, como o Jari, Suiá-Missú, a Ponte-Rio Niterói, Itaipú−Bi-Nacional, os grandes projetos petroquímicos, a Cia. Vale do Rio Doce, etc., bem como o aumento das exportações de produtos manufaturados e uma cerrada política de proteção à industria nacional garantiram para o Brasil um grande salto no desenvolvimento da sua economia, de tal modo que na primeira metade dos anos setenta o país ostentava o título de 8º economia do mundo.
Como oposição ao governo apenas um insipiente grupo de esquerda que se concentrava em atos de guerrilha urbana, assaltando bancos, seqüestrando embaixadores e promovendo atentados contra as forças da repressão. Os opositores eram quase todos militantes de esquerda que haviam sido banidos da política, dos sindicatos, dos movimentos estudantis e das Forças Armadas, após a tomada do poder pelos militares.   
Mas o país, de alguma forma, estava confiante e satisfeito com o milagre econômico. Este beneficiava a classe média com o ingresso no mercado de consumo de bens mais sofisticados, como televisores coloridos, automóveis, geladeiras, aparelhos de ar condicionado etc. A par disso a seleção ganhava a Copa de 1970 com uma campanha inesquecível. Projetos sociais de largo alcance, anunciados com muita pompa, mascaravam a repressão política. MOBRAL, Projeto Rondon, Plano Nacional de Saúde, BNH, o PIS-PASEP, o FGTS, que se destinava a construir o patrimônio do trabalhador, tudo era usado como ferramentas de controle social pelo governo. Com o passar do tempo e a evolução dos acontecimentos políticos, muitos deles, como o MOBRAL, O Projeto Rondon e BNH, acabaram perdendo a finalidade, mas durante muito tempo sobreviveram como apêndices da política adotada pela ditadura militar.
Mas a crise do petróleo em 1972 e os altos índices de inflação começaram a colocar em cheque o “milagre econômico”. Em 15 de março de 1974, o país ganhava novo presidente: O General Ernesto Geisel.
 
O presidente Geisel assumiu a Presidência com o compromisso de começar o processo de abertura democrática, que deveria ser “lento, gradual e seguro” como se dizia então. Mas o tempo das vacas gordas passara. O país enfrentava uma crise social e uma desaceleração na vida econômica. A oposição ganhara força com a vitória nas urnas nas eleições de 1974. Fizera uma grande maioria nas duas casas do Congresso. Essa vitória da oposição foi respondida pelo governo com a edição do “Pacote deAbril”  (13.4.1977), em que se procurava, através de um rígido controle da representação parlamentar, garantir uma maioria segura no Congresso. Em 1978 a oposição ganhou novamente as eleições parlamentares, mas devido ao estratagema criado pelo governo no Pacote de Abril, embora tivesse a maioria dos votos, não conseguiu a maioria das cadeiras no Congresso, pois um terço das cadeiras, segundo previa aquela legislação, foi preenchida por eleição indireta, ou seja, indicação do próprio governo.

O AI foi revogado em 1979. A sociedade civil se rearticulou com as primeiras medidas liberalizantes. O país vivia numa “democracia relativa”, mas todos os setores da vida nacional clamavam por uma democracia “sem adjetivos”. O governo Geisel começava a articular a abertura política, afastando os militares mais radicais. O general João Baptista Figueiredo foi eleito para a presidência da República. Sua principal promessa foi a reconduzir o país à plena democracia.
 
MOGI NOS ANOS SETENTA

O censo de 1970 registrou 60.674 habitantes em Mogi das Cruzes. Uma grande população rural, constituída principalmente de japoneses, faziam do município o maior cinturão verde do estado de São Paulo.[1] Foram prefeitos em Mogi das Cruzes os senhores Waldemar da Costa Filho (1969-1973 e 1977-83); Sebastião Cascardo (1973-77). Mogi se consolida como cidade universitária de importância. Milhares de estudantes vêm para cá para fazer os diversos cursos oferecidos pelas Universidades Braz Cubas e UMC.
O comércio se consolida como uma das mais importantes fontes geradoras de riqueza e emprego. A família Borestein, tendo o Ir .’ . Henrique como um dos líderes, consolida-se em suas atividades de construção civil e econômico- financeiras, com a Helbor Empreendimentos Imobiliários, A Finacional, Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários, e participando da implantação em Mogi de uma agência do Banco de Crédito Naciona-BCN.
Outros empreendimentos de vulto se consolidam em Mogi das Cruzes, acompanhando o boom econômico que o país experimentou, especialmente nos primeiros anos da década de setenta. Empreendimentos da família Marcato, na Vila Suíça ( na área de cerâmica e metalurgia), tendo como um dos principais líderes os Irs .’ . Zair Ary Marcato e Plinio Clemente dão um grande impulso àquele bairro. No comércio surgem, ou são ampliados, grandes estabelecimentos comerciais, de propriedade de ilustres comerciantes mogianos, como Kazuo Kimura, Shiniti Geraldo Yoshisava, Airton Nogueira, Osvaldo Maksud, a família Waiser etc. etc.
Abre-se ao tráfego a Mogi-Dutra. Na educação os Irs.’. Plínio Boucalt e Ismael Alves dos Santos se destacam tornando o Liceu Brás Cubas um dos maiores núcleos de educação profissional do município.
       
A LOJA NOS ANOS SETENTA

No início dos anos setenta, o V.’.M.’. Paulo Manana deixa o cargo e é substituído pelo Ir.’.Samuel Assáz. (verificar o motivo). Em 1971, foi eleita nova administração, encabeçada pelo Ir.’.Gebrail Sawaia, conhecido comerciante e corretor de imóveis da cidade. A Loja atravessa nesse período muitas dificuldades, com muitos Ir.’. adormecidos, principalmente em face do recrudescimento da repressão política praticada nos últimos anos da  década de sessenta (AI-5) e nos primeiros anos do governo Médici, quando as Lojas maçônicas eram muito vigiadas. Verifica-se, nesse período, uma esparsa atividade política dentro da Loja, que transparece nos comentários e discursos e interpelações feitas pelos Irs. .’. Os Ir.’. se concentram mais nas atividades filantrópicas praticadas a nível pessoal, participando de diversas ONGs e entidades, como o meritório trabalho do Ir.’. Ricardo Strazzi, fundador e presidente da APAE.   

Em 15/06/1973 foi eleita a diretoria para o triênio 1973/75, mas essa diretoria não assumiu.  Essa diretoria era composta pelos seguintes Ir  .’. V. ‘.M. ‘. Mario Cerqueira Júnior  1VIG. ‘. Oswaldo Guimarães 2VIG . ‘. Cicero Oliveira Gomes  ORAD. ‘. Setembrino Kalérgio dos Santos SECRET. ‘. José de Souza Boigi. No lugar dela, em 29 de junho de 1973, assumiu uma Administração composta pelos seguintes Ir. ‘.V. ‘.M. ‘. José de Souza Boigi, Mário Cerqueira Júnior  1VIG; Domingos Luíz 2º Vig. Wilson Calderaro Orador, Cícero Oliveira Gomes Secretário.  Em 12 de julho de 1974(verificar a razão) a Administração da Loja renunciou (?)  assumindo o Ir .’.  Aniz Tanuz Rosek como  V  .’.  M.’. e os seguintes Ir.’. como oficiais: 1VIG. ‘.Oswaldo Guimarães ; 2VIG. ‘. João Oliveira Gomes ; ORAD. ‘. Raul Marinho Briquet SECRT. ‘. Setembrino K. dos Santos. Esses Ir .’. administraram a Loja até 18 de abril de 1975, quando o V.’. M.’.  foi substituído pelo Ir.’.  Roque Marinho dos Reis, que para aqui veio como interventor. A intervenção foi realizada pelo GOSP? (verificar a razão).
Nessa mesma época foi fundada a Loja Cruzeiro Itapeti, com a participação de vários Ir.’. da União e Caridade IV
Terminada a intervenção, em 8 de agosto de 1975, foi eleita nova diretoria, assumindo como V.’. M.’. o Ir.’. V. ‘.M. ‘.Jamil Karan Nassri e como oficiais os Ir . ‘. 1VIG. ‘.Antonio Fernandes Valadares 2VIG. ‘. Hissashi Nomura ORAD. ‘. Heráclito de Simone Meira SECRET. ‘.    Francisco de Assis Morais.

Nessa época as reuniões aconteciam às Sexta-Feiras e as seções comemorativas no sábado. Em 30/04 ficou definido que as reuniões passariam de sexta-feira para segunda-feira e que os “copos d’agua passariam a ser oferecidos após as seções, no salão construído no porão do Templo. O motivo foi uma solicitação para que se tivesse um melhor aproveitamento do final de semana em família.
Em 24 de maio de 1976, foi reeleito o Ir.’. Jamil Karan Nassri como V.’. M.’. , juntamente com os Ir.’. Milton Martins Coelho, 1º Vigilante); Giovani Bertalmio(2º Vigilante);Heráclito de Simone Meira(Orador); Francisco de Assis Moraes(Tesoureiro).Foram iniciados nessa gestão os Ir.’. José Machado Pinto, Epaphas Gonçalves Ennes, Edir Lopes Pereira, Edson de Souza Queiroz(31/05/1976); Ney Bernardino, Péricles Ramalho Bauab, Luis Roberto Silva Lacaz (5/6/1976); Carlos Eduardo Leite, José Gonçalves Filho 29/11), José Inocêncio Hernani Netto, Benedito Wanderley, Lázaro José de Oliveira (3/12)
Em junho de 1977 assume a nova Administração composta pelos Ir .’.Amilcar de Mello, tendo nos principais cargos os Irs.’.Giovani Bertalmi(1º Vigilante); Ney Bernardino (2º Vigilante); Osvaldo Pansardi (Orador); Diogo Alves Cordovilla (Secretário). São iniciados os Ir.’.Celso Antonio Barreiros;José Carlos Pinhal; Jose Homero Elosa, José Luiz Soares de Noronha; Walter Stefano, José Carlos Otaviano, José Carlos Moreira.
Em junho de 1979, é reeleito o Ir.’. Amilcar de Mello, juntamente com Irs .’. acima citados foram reeleitos para o triênio 1979/80/81.
Vários Irs . ‘. foram iniciados na administração Amilcar de Mello, entre eles os Ir .’ .Marcos Adalberto Abib, Luíz Carlos Pires, Hamilton Pereira de Moraes, Wagner dos Santos Moraes, Heráclito de Simone Meira, Francisco de Assis Moraes, Celso Moreira Leite, Silvio João Bosco, José Carlos Otaviano, Luiz Carlos Pires, Tibério Brasileiro, José Carlos Pinhal, José Homero Eloza, José Luiz Soares de Noronha, Nassib Elias Bauab, Walter Antonio Stefano, João Carlos Almeida Carreiro, Luiz Gonzaga Pimentel Marcondes, Silvio João Abib, Alvaro Marcondes Filho, Wilson Nogueira.
O Ir .” . Amílcar de Mello administrou a Loja até junho de 1981, quando passou o Primeiro Malhete para o Ir .’ Oscar João Pachler.
 
_______________________________________________

RESUMO DO CAPÍTULO VIII DO LIVRO " LOJA MAÇONICA UNIÃO CARIDADE IV- CEM ANOS DE MAÇONARIA", A SER LANÇADO EM COMEMORAÇÃO AOS CENTENÁRIO DA LOJA UNIÃO E CARIDADE IV. QUALQUER CO0MENTÁRIO OU INFORMAÇÃO SOBRE O ASSUNTO ACIMA PODERÁ SER POSTADO NESTE SITE OU enviado para o email jjnatal@gmail.com