A VIDA PULULA NO UNIVERSO.
Para a maioria das pessoas, isso não passa de uma fantasia da razão, isso acontece geralmente com aquelas criaturas que, de certa forma, foram introjetadas, principalmente, pelos ensinamentos e ou doutrinas reducionistas e dogmatizadas, como as pregadas pelas religiões ocidentais, notadamente as cristãs.
Desde a mais tenra idade fomos introjetados com esses valores restritivos, fazendo-nos crer que o universo seria apenas destinado à morada de Deus, e que, para lá somente iríamos quando morrêssemos.
Dizem essas religiões dogmatizadas que Deus ou uma outra Fonte Super Inteligente criou o universo, somente com a intenção presunçosa de fazer surgir aqui determinadas vidas, inclusive e conseqüentemente a vida e a raça humana.
Ledo engano!
Pretendemos conduzir este raciocínio de uma forma mais ampla, e nos projetar para uma realidade além da nossa capacidade racional.
Quero dizer, vamos fazer um exercício de imaginação, em função de algo que se vive intuindo.
Pois essa capacidade de transgredir a própria razão, nos levará a uma nova percepção das coisas.
Até então, consideradas pertencentes ao mundo da utopia.
Essa utopia, esse lugar imaginário no passado, já povoou e provocou pensamentos novos em nossos antepassados.
Haja vista, considerarem a terra um prato raso, e que, se navegassem em direção ao horizonte, por certo, cairiam num abismo e seriam trucidados por monstros que ali habitavam.
Nada do que existe e do que ainda poderá passar a existir, será simplesmente um produto do acaso.
O acaso não existe, é vacuidade completa, é um nada em si, portanto, do nada, nada origina.
Nada é ausência total, portanto, não pode existir como causa de alguma coisa.
Tudo o que existe e existirá terá como procedência, uma causa inteligente eficientíssima que o antecede.
Mesmo considerando a mais ínfima partícula conhecida, ela por si só não tem poderes para auto-existir.
É necessário que haja uma vontade eficiente em si, para que ela possa existir.
E, esta causa eficiente pré-existente sem princípio, sem fim, é o que nós chamamos de Deus.
E é através da sabedoria no seu mais alto grau de expressão conhecido como sapiência, e é dela que todas as coisas procedem e são criadas.
Deus é a causa sempre eterna eficiente por si mesma, Ele é o grande causador de causas.
Deus é um espírito.
Isto é, uma substância imaterial e transcendente no seu mais alto grau de perfeição, que tudo cria e tudo rege, e que para Ele tudo um dia voltará.
É a tendência metafísica de a parte voltar ao seu todo ou, em outras palavras, o finito tender ao infinito.
É fato abundantemente comprovado que, o universo é constituído de uma mesma matéria, haja vista, a prova contundente que estamos tendo hoje em dia.
Notadamente, com as prospecções cientificas que nos trazem essas verdades irrefutáveis.
É também de nosso conhecimento que os meteoritos continuam a cair sobre o planeta, e que, a sua constituição ou a sua formação mineral é semelhante a nossa rocha.
O que existe é que essa matéria constitui e forma o universo, e pode se apresentar em condições diferentes, mas que a sua intimidade última, (a sua essência) continua a mesma.
Tudo se originou da mesma fonte, isto é, de uma explosão superatômica, conhecida hoje em dia pela teoria do Big-Bang.
É uma teoria, portanto, nada temos de definitivo, com o avanço do conhecimento humano, essa teoria pode ser substituída por uma outra que satisfaça melhor as nossas indagações.
Os elementos originados e deflagrados com essa explosão são todos da mesma natureza e composição.
Fartamente observados e estudados pela nossa comunidade científica, que nos atesta a veracidade e a existência desses elementos em profusão pelo universo inteiro.
Deus ou essa substância imaterial no seu mais alto grau de inteligência, e que manifestou a sua vontade em criar o universo, não o fez por acaso e nem com desleixo, pois estamos tratando de algo que transcende, por enquanto, a nossa própria e restrita inteligência.
O que é feito com inteligência não cria caos, não provoca defeitos ou vácuos, não discrimina ou reduz a sua própria criação, e tão pouco muda ou transforma a essência primordial dos seres.
Deus em sua suma sapiência não deixaria de promover o universo de vida, se Ele o fez com toda a magnitude, é sinal que o povoaria com a manifestação da sua vontade.
Todo o produto da inteligência suprema é perfeito, e o modelo no qual essa inteligência se inspirou é de ato e potência absoluta.
Dessa forma, ela é unívoca em toda a latitude astronômica, portanto, tem a mesma essência e a mesma característica.
Não podemos negar a existência da vida dentro de todo o universo, só porque não podemos ver ou perceber.
Tudo aquilo que hoje é provado ou existe, um dia, foi imaginado.
O fato de não podermos ainda perceber ou manter um contato visual ou interpessoal com a vida extraterrestre, não é o suficiente para negarmos terminantemente a sua existencialidade.
Somos ainda muito limitados e presunçosos, para nos inserir nessas fronteiras inexpugnáveis.
Mas, que a vida é um evento universal, disso eu tenho a certeza.
Acredito piamente, pois a vida não é uma eventualidade apenas ocorrida em nosso planeta.
Aliás, a terra é um pequeno bólido localizado na extremidade da nossa galáxia, dentro de um sistema solar já devidamente conhecido.
Sumamente pequeno diante do tremendo mistério e a grandiosidade do universo.
A vida se manifestou em nosso planeta em abundância, é verdade, mas tudo dentro e conforme as condições que foram surgindo com a formação do próprio ambiente cósmico.
Esse ambiente próprio acolheu e fez eclodir a vida, assim como a conhecemos, e que, com o tempo foi evoluindo e se modificando segundo as condições que se apresentavam.
O mesmo fenômeno deve ter ocorrido em outras galáxias ou em outros planetas, sabidamente existentes e sujeitos é claro, às condições ali encontradas, resta-nos saber como ela se desenvolveu.
Teria sido semelhante ou diferente da nossa?
Mesmo em nosso planeta já devidamente conhecido e exaustivamente explorado em todos os seus quadrantes, temos ciência da existência de várias manifestações de vida, inclusive, em lugares completamente inóspitos para o ser humano.
Somos uma colônia perfeita em pluralidade de vidas.
Todas diferenciadas uma das outras.
E se multiplicando dentro de sua espécie no seu habitat natural.
Cada uma exercendo a sua existência em seu “modus vivendi” e dentro de uma morfologia em que, a matéria pôde tomar e se formar como um ser individual.
A vida está presente em todo o planeta como um todo, ela se faz presente no fundo dos mares, nas alturas da atmosfera, no interior da própria terra, sobre a própria terra, nos rios e nos lagos, nas florestas e nas cordilheiras, nas geleiras e nos desertos e etc.
Temos ainda de considerar as vidas que não podemos ver á olho nu, nem por isso elas deixam de existir.
Falamos da vida bacteriológica que, por seu ínfimo tamanho, necessitamos de aparelhos finíssimos de ótica para podermos observá-las.
Aliás, este tipo de vida foi descoberto há muito pouco tempo, pois até então, não era crível a sua existência, pelo fato de ainda não termos os instrumentos necessários para a sua observação.
Por não ser possível a sua observação, ela foi terminantemente negada.
Fato que, hoje, se tornou óbvio e estamos em plena luta contra ela.
Porque se transformou numa fonte de enfermidades que agride ao organismo do ser humano, em virtude do seu tamanho microscópico e da sua teimosia em se tornar hospedeiro deletério para o próprio homem.
Temos informações através das nossas comunidades científicas que é bem provável, a vida ter vindo de fora do nosso sistema.
Isso talvez, tenha se dado através da intromissão de um meteoro que adentrou em nossa atmosfera e depositou em nosso planeta o germe da vida, que se adaptou se multiplicou e evolui com o tempo.
Essa hipótese não pode ser descartada facilmente.
Pois alegam os estudiosos (cientistas) que no início da formação da nossa terra, a temperatura era elevadíssima; o que dificultava a eclosão da vida, por não haver condições propícias para o seu surgimento.
Donde eles presumem que tenha ela vindo de uma outra galáxia próxima ou de um asteróide qualquer atraído pela própria terra, já em condições climáticas de encubar a vida.
Pelo que até hoje podemos intuir, é que, a vida não é um produto simplesmente da evolução da matéria.
A matéria como tal e em si, não possui vida, ela possui energia, porque vida é outra coisa.
Algo deve ter ocorrido para que esse evento passasse a existir plenamente em nosso planeta, bem como em todo o espaço sideral.
Aqui somos forçados a admitir a intervenção de um ato divino transcendente, inconcepto, pois de uma outra forma, fica-nos difícil explicar a vida convincentemente.
Mesmo considerando um ato puramente divino, quereremos acreditar que esse ato foi extensivo a todo o universo.
Pois a vontade divina não conhece fronteiras e nem criaria esse macrocosmo para, simplesmente aqui, neste diminuto planeta, fazer eclodir a vida e nos transformar em solitários habitantes do universo.
Toda a engenharia sideral, assim como todos os princípios, todas as leis gravitacionais, todas as leis magnéticas, inclusive, todas as linhas dimensionais existentes, foram criadas com o objetivo de manter um equilíbrio perfeito do cosmo, isto quer dizer, o equilíbrio perfeito do universo.
Com todos esses cuidados dispensados na gênese, leva-nos a crer que, o universo foi minuciosamente pensado e planejado, a fim de introduzir nele e em toda a sua extensão: a vida.
Essa vida que temos e aquelas que um dia haveremos de conhecer.
Se tais cuidados foram devidamente providenciados, é sinal de que nele, (no universo) se manifestaria algo especial.
Deus se manifestou no universo como um todo através da sua Imanência, sem perder a sua infinitude, cedendo desta forma parte de si, o que não Lhe acarretaria nenhuma perda, pois o infinito pode ceder partes sem perder a sua infinitude.
Considerando a vontade onipotente de Deus, deve Ele, por certo, ter repetido o mesmo modelo do sistema solar igual, ou melhor, que o nosso em toda a extensão astronômica.
Nada contraria essa hipótese, pelo menos até hoje não temos argumentos e nem instrumentação possível que possa refutar essa eventualidade.
Se assim imaginarmos é com bastante probabilidade a existência de vidas em outras galáxias e, até mesmo, em outras dimensões que a nossa imaginação pode somente apenas intuir.
É uma afirmação ousada, mas intuímos que haja vida semelhante a nossa, em um outro sistema solar ou semelhante dentro de uma galáxia qualquer.
Resta-nos saber em que grau de evolução, mas se considerarmos o nosso planeta ainda juvenil, com mais ou menos quatro bilhões de anos, por uma questão de lógica, haveria corpos celestes com maior idade e, se neles a vida repousa, logicamente seriam mais adiantados do que nós.
Também não podemos descartar a possibilidade de existir uma eventualidade de vida, que dado às possíveis circunstâncias que ignoramos, seja uma vida ainda em estado embrionário ou que apresente pouco grau de evolução.
Pode, inclusive, existir uma determinada eventualidade de vida que segundo a sua própria morfologia, exista se mantendo com gases que para nós seriam mortais.
Também é verdade que o nosso oxigênio seria de certa forma letal para eles, a não ser que eles tenham a capacidade de assimilar o nosso gás concomitantemente com o deles.
É também suscetível de imaginação existir um tipo de vida mais sutil ou fluídica, mais purificada, e que viva sem essa toxidade existente em nosso planeta.
A falta de contato até hoje existente, mesmo telepaticamente, queremos acreditar que seja difícil pelas distâncias astronômicas que nos separam, e talvez ainda necessitemos de filtros especiais para que as ondas de rádio possam atingir essas distâncias intocáveis.
Temos ainda que aprender muito sobre a propagação de ondas eletromagnéticas; nas pequenas distâncias (no sistema solar) elas estão nos servindo muito bem, mas em distâncias astronômicas ainda não sabemos como elas se comportam.
Como também não sabemos ainda como elas se comportariam em uma outra dimensão do universo, se existir.
Sabemos que os corpos celestiais emitem ondas de rádio, já temos captado alguns fragmentos de sinais dessas ondas, entretanto, ainda não sabemos se essas mesmas emanações eletromagnéticas interferem e modificam as nossas ondas de rádio.
A integração é uma vontade universal e para isso já estamos dando os primeiros passos, esperamos tão somente que os extraterrestres estejam também caminhando na mesma direção.
A nossa maior dificuldade é a velocidade da luz, precisamos ultrapassar essa barreira para podermos nos lançar rumo ao espaço sideral longínquo.
Ou, no futuro, quando alcançarmos maior controle e tivermos conhecimento de novas tecnologias, aí sim, poderemos dispor de máquinas (naves), que nos projetem além das fronteiras do sistema solar ou mesmo além do inexpugnável.
Nesse futuro que não será um longo porvir, saberemos utilizar combustíveis mais baratos, apenas para nos arremessar fora da atmosfera, e o restante da viagem intergaláctica será feito aproveitando-se as linhas de forças gravitacionais, existentes entre os corpos siderais.
É bem verdade que ainda não se provou a existência de vida em outras galáxias, mas também é verdade que ainda não se provou a sua não existência.
Portanto, está em aberto a possibilidade para essa eventualidade, que esperamos seja descoberta em séculos futuros.
O homem é um ser racional aprisionado pelos cinco sentidos, mas ele não é somente um animal racional, por isso precisamos nos libertar do jugo da razão e alçar vôos inimagináveis rumo à imensidão do universo através da intuição.
No futuro nos libertaremos da tirania da razão e dos cinco sentidos e, acomodaremos em nossos espíritos, os anseios que dormitam em nossos inconscientes, onde habita a intuição e dela poderemos usar enquanto a razão experimenta os seus limites.
Como este ensaio é um tanto ousado, estou aceitando adendos para melhorá-lo.
Estou convencido da existência de um melhor juízo.
Eráclito.