Sobre o que guardamos
Sim.
A rotina nos cansa.
Fazemos sem notar ou notamos e fingimos esquecer para não enlouquecer, mas nossas vidas são sempre tão iguais...
Entendo perfeitamente muitas coisas presentes em cada um. Consigo entender. Consigo até me imaginar fazendo e posso pensar: "é possível viver assim".
Mas, existem certas atitudes que refletem a personalidade de alguém. A personalidade é estudada, estudada, estudada, a fio... e ainda hoje nos surpreendemos com certas pessoas que foram agressivas demais, que tomaram partido de defender determinada coisa considerada (fútil) com garra, que vivenciam violência, que se escondem em diversas situações, enfim... são tantas coisas, não?
Segredos, coisas que você não falaria pra ninguém... mas que olhando no espelho você sabe que acontece... e foi você quem fez.
É difícil... se abrir para alguém está cada vez mais difícil. Você nunca sabe se vão te entender, se vão te criticar por você ter sido sincera, se vai haver reciprocidade...
Os contatos estão cada vez mais supérfluos.
Amizade e relacionamentos sinceros são difíceis. Hoje, parece que está tudo muito definido através daquilo que se chama "troca conveniente".
Simples, não é?
Eu sei, desabafar é importante. Tem tanta coisa que eu gostaria de falar, pra tanta gente.
Mas as convenções sociais... mas as distâncias... mas os medos, nos podam.
O medo, a insegurança, a incerteza, o "não saber lidar" com os sentimentos faz com que cada vez mais nos distanciamos uns dos outros.
Aquela história de viver em comunidade está cada vez mais longe de ter conotação de unidade. Penso até que comunidade hoje tem mais sentido virtual que físico...
A individualidade é mais presente. Ainda que você esteja com alguém isso não significa que vocês são uma unidade. Cada pessoa é uma pessoa, é única, e isso é uma certeza, mas ainda assim, não significa que exista respeito, amor ou amizade sinceros.
Muito louco, né?