O PAÍS EM SALDO . . .
Aproveitem, meus Senhores!
O nosso País está em Saldo... Entrega-se ao primeiro que aqui chegar com um punhado de Euros disponíveis na carteira!
A mesa está posta, a vitualha espalhada sobre ela. Quem a cozinhou? Aquele que nos mentiu, aquele que nos tentou fazer acreditar que a recuperação era possível, aquele que não respondia às perguntas pertinentes sobre o estado da Nação, aquele que tem o nome envolvido em negociatas descaradas em construções megalómanas, etc., etc..
Mas ele não está só. Acompanham-no o Bando de lobos com pele de cordeiro...
O mal já vem de longe, logo a partir das conversações para a entrada na CEE.
Nessa altura vergámo-nos à vontade de Bruxelas aceitando as pobres cotas nas pescas, nos lacticíneos, na agricultura. O dinheiro entrou no País como um caudal sem fim para bolsos desonestos.
Os subsídios foram criados a torto e a direito, desde para pagar ao agricultor para não cultivar como para não continuar a ter gado leiteiro. E não só!...
E ao longo dos anos os sucessivos governos foram-se alternando com a mesma postura.
O desemprego disparou. Os ordenados e as pensões foram congelados. Fábricas encerraram alegando falência indo depois "abrir" com outro nome noutro qualquer canto e deixando os seus antigos empregados na penúria. E nessa altura não houve "comissão" nenhuma que averiguasse as tramóias...
Outras fecharam em Portugal e foram para Países em que a mão de obra era barata em relação à nossa, permitindo mais lucros. Também nessa altura nem agora, nunca se questionaram esses empresários nem se travou essa "sangria" das nossas Empresas e Fábricas...
E quando há seis anos o Governo lhe chegou às mãos, já vinha empobrecido e esfarrapado pela má governação anterior. Então, o actual Chefe do Governo, neste momento já demissionário, deve ter pensado lá para consigo e os seus botões:
- "Se os outros o fizeram porque não eu também?"
Bem protestámos, bem marchámos, bem entrámos em greves...
Nada resultou...
Mas temos submarinos enferrujados sem manutenção, temos a ideia (certeza) estúpida de um TGV, de um novo Aeroporto quando o antigo é capaz e suficiente para servir o nosso tráfego aéreo, de uma 3ª Ponte sobre o Tejo quando a Vasco da Gama e a 25 de Abril são o suficiente...
E temos também Escolas, Maternidades, Centros de Saúde fechados...
Milhares de desempregados, salários e pensões miseráveis, cortes nas ajudas aos mais desfavorecidos...
Chama-se a isto Progresso?
E eis-nos chegados ao dia de hoje, alvo dos olhares do Mundo pelas piores razões...
Hoje, o 1º Dia dos restos do nosso Portugal...
Teresa Lacerda
Aproveitem, meus Senhores!
O nosso País está em Saldo... Entrega-se ao primeiro que aqui chegar com um punhado de Euros disponíveis na carteira!
A mesa está posta, a vitualha espalhada sobre ela. Quem a cozinhou? Aquele que nos mentiu, aquele que nos tentou fazer acreditar que a recuperação era possível, aquele que não respondia às perguntas pertinentes sobre o estado da Nação, aquele que tem o nome envolvido em negociatas descaradas em construções megalómanas, etc., etc..
Mas ele não está só. Acompanham-no o Bando de lobos com pele de cordeiro...
O mal já vem de longe, logo a partir das conversações para a entrada na CEE.
Nessa altura vergámo-nos à vontade de Bruxelas aceitando as pobres cotas nas pescas, nos lacticíneos, na agricultura. O dinheiro entrou no País como um caudal sem fim para bolsos desonestos.
Os subsídios foram criados a torto e a direito, desde para pagar ao agricultor para não cultivar como para não continuar a ter gado leiteiro. E não só!...
E ao longo dos anos os sucessivos governos foram-se alternando com a mesma postura.
O desemprego disparou. Os ordenados e as pensões foram congelados. Fábricas encerraram alegando falência indo depois "abrir" com outro nome noutro qualquer canto e deixando os seus antigos empregados na penúria. E nessa altura não houve "comissão" nenhuma que averiguasse as tramóias...
Outras fecharam em Portugal e foram para Países em que a mão de obra era barata em relação à nossa, permitindo mais lucros. Também nessa altura nem agora, nunca se questionaram esses empresários nem se travou essa "sangria" das nossas Empresas e Fábricas...
E quando há seis anos o Governo lhe chegou às mãos, já vinha empobrecido e esfarrapado pela má governação anterior. Então, o actual Chefe do Governo, neste momento já demissionário, deve ter pensado lá para consigo e os seus botões:
- "Se os outros o fizeram porque não eu também?"
Bem protestámos, bem marchámos, bem entrámos em greves...
Nada resultou...
Mas temos submarinos enferrujados sem manutenção, temos a ideia (certeza) estúpida de um TGV, de um novo Aeroporto quando o antigo é capaz e suficiente para servir o nosso tráfego aéreo, de uma 3ª Ponte sobre o Tejo quando a Vasco da Gama e a 25 de Abril são o suficiente...
E temos também Escolas, Maternidades, Centros de Saúde fechados...
Milhares de desempregados, salários e pensões miseráveis, cortes nas ajudas aos mais desfavorecidos...
Chama-se a isto Progresso?
E eis-nos chegados ao dia de hoje, alvo dos olhares do Mundo pelas piores razões...
Hoje, o 1º Dia dos restos do nosso Portugal...
Teresa Lacerda