Cheiro
Tem que se experimentar
Vivesse na cadência dos rios
E à deriva a vida seguiria
Como se de vento o corpo
Fosse a forma, a substância
E por descuido
De uma janela fechada
A manifestação de fora
Se desse apenas n’alma
Insensível o azul do céu
Ou então o dia escuro
Decifrado dessa forma
Impalpável
E o querido amor
Como a trama do mar
Incalculável
Sonho aventureiro
Real e forasteiro é
Desponta e não se firma