Cheiro

Tem que se experimentar

Vivesse na cadência dos rios

E à deriva a vida seguiria

Como se de vento o corpo

Fosse a forma, a substância

E por descuido

De uma janela fechada

A manifestação de fora

Se desse apenas n’alma

Insensível o azul do céu

Ou então o dia escuro

Decifrado dessa forma

Impalpável

E o querido amor

Como a trama do mar

Incalculável

Sonho aventureiro

Real e forasteiro é

Desponta e não se firma

Miguel Eduardo Gonçalves
Enviado por Miguel Eduardo Gonçalves em 27/10/2006
Reeditado em 27/10/2006
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