Baile
- Já não quero mais bailar contigo. - Disse-me em um tom normal.
- Por que? Estas louca chiquita?
- Sim, estou louca!
Meu coração jovem e problemático pulava em frenesi.
- Por quem? Quem te conquistou?
- Alguém, te digo, alguém... - Malditos olhos de ave de rapina.
- Quem? Diga-me, te peço. - Meu ar dissipava-se.
- Pelo tal alguém que eu disse não querer mais bailar!
E ali, com os lábios curvados naquela expressão fecunda, não bailamos, apenas nos amamos.