A EVOLUÇÃO DA EDUCAÇÃO NO BRASIL

A EVOLUÇÃO DA EDUCAÇÃO NO BRASIL

Antigamente se ensinava e cobrava tabuada, caligrafia, redação,

datilografia. ..

Havia aulas de Educação Física, Moral e Cívica, Práticas Agrícolas,

Práticas Industriais e cantava-se o Hino Nacional, hasteando a

Bandeira Nacional antes de iniciar as aulas..

Leiam relato de uma Professora de Matemática:

Semana passada comprei um produto que custou R$15,80. Dei à balconista

R$ 20,00 e peguei na minha bolsa 80 centavos, para evitar receber

ainda mais moedas. A balconista pegou o dinheiro e ficou olhando para

a máquina registradora, aparentemente sem saber o que fazer.

Tentei explicar que ela tinha que me dar 5,00 reais de troco, mas ela não se

convenceu e chamou o gerente para ajudá-la. Ficou com lágrimas nos

olhos enquanto o gerente tentava explicar e ela aparentemente

continuava sem entender. Por que estou contando isso?

Porque me dei conta da evolução do ensino de matemática desde 1950, que

foi assim:

1. Ensino de matemática em 1950:

Um lenhador vende um carro de lenha por R$ 100,00. O custo de

produção é igual a 4/ 5 do preço de venda . Qual é o lucro?

2. Ensino de matemática em 1970:

Um lenhador vende um carro de lenha por R$ 100,00. O custo de produção

é igual a 4/5 do preço de venda ou R$80,00. Qual é o lucro?

3. Ensino de matemática em 1980:

Um lenhador vende um carro de lenha por R$ 100,00. O custo de

produção é R$80,00. Qual é o lucro?

4. Ensino de matemática em 1990:

Um lenhador vende um carro de lenha por R$ 100,00. O custo de produção

é R$80,00. Escolha a resposta certa, que indica o lucro:

( )R$ 20,00 ( )R$40,00 ( )R$60,00 ( )R$80,00 ( )R$100,00

5. Ensino de matemática em 2000:

Um lenhador vende um carro de lenha por R$ 100,00. O custo de

produção é R$80,00. O lucro é de R$ 20,00.

Está certo?

( )SIM ( ) NÃO

6. Ensino de matemática em 2009:

Um lenhador vende um carro de lenha por R$100,00. O custo de produção

é R$ 80,00.Se você souber ler coloque um X no R$ 20,00.

( )R$ 20,00 ( )R$40,00 ( )R$60,00 ( )R$80,00 ( )R$100,00

7. Em 2010 vai ser assim:

Um lenhador vende um carro de lenha por R$100,00. O custo de produção

é R$ 80,00. Se você souber ler coloque um X no R$ 20,00. (Se você é

afro descendente, especial, indígena ou de qualquer outra minoria

social não precisa responder)

( )R$ 20,00 ( )R$40,00 ( )R$60,00 ( )R$80,00 ( )R$100,00

E se um moleque resolve pichar a sala de aula e a professora faz com

que ele pinte a sala novamente, os pais ficam enfurecidos pois a

professora provocou traumas na criança.

Em 1969 os Pais do aluno perguntavam ao "aluno": "Que notas são estas...????

Em 2009 os Pais do aluno perguntam ao "professor": "Que notas são

estas...????

Essa pergunta foi vencedora em um congresso sobre vida sustentável.

"Todo mundo 'pensando' em deixar um planeta melhor para nossos filhos...

Quando é que 'pensarão' em deixar filhos melhores para o nosso planeta?"

Passe adiante!

Precisamos começar JÁ!

Uma criança que aprende o respeito e a honra dentro de casa e recebe o exemplo vindo de seus pais, torna-se um adulto comprometido em todos os aspectos, inclusive em respeitar o planeta onde vive...

Meus leitores recantistas

Recebi esse e-mail de uma amiga e vou passar a vocês.

Sou professora com formação em Letras e com pós-graduação pela Gogeae em São Paulo.

Fui interna num colégio das irmãs de São José em Campinas. A irmandade de São José forma excelentes educadoras e enfermeiras. Tínhamos o primário no colégio e as aulas eram ministradas pelas irmãs. Eram chamadas por mestras. Quando adentravam a sala de aula, as 40 alunas se levantavam e, aguardando um sinal da mestra, todas se sentavam. O silêncio em classe era total. Como a irmandade é de origem francesa, tínhamos alguns fundamentos de francês, catecismo e a grade curricular normal: português, aritmética, história geral, geografia, ciências, história do Brasil, desenho, educação física, religião e música, e aulas de orfeão como querido maestro Bove – aprendíamos o Hino Nacional e o Hino à Bandeira, e música sacra. A prova final era realizada num colégio estadual para obtenção do diploma de curso primário.

Esse preâmbulo se fez necessário para que eu possa desenvolver o meu ensaio sobre o assunto do texto recebido, A Evolução da Educação no Brasil.

A educação não era apenas ir à escola meio período ou período integral. Era, antes de tudo, o meio pelo qual se evoluía como cidadão e se desenvolvia o intelecto. Era o meio pelo qual o cidadão saia da ignorância em que viviam seus pais e galgava degraus na escala social, pois o Brasil era, à época, um país de maioria analfabeta. Essa foi à herança recebida pelos brasileiros, aqui nascidos, dos países colonizadores que aqui estiveram desde a descoberta - Portugal - foi desenvolvimentista, mas com objetivos extrativistas, França - desde os primórdios até Mem de Sá -, Inglaterra, Holanda, até o século 19. Os países que aqui aportaram não tinham interesse nem intenção desenvolvimentista, mas somente extrativista. Os colonizadores que aqui criavam suas raízes, os mais abastados, importavam preceptores do exterior para as primeiras letras de seus filhos homens e depois os enviavam para Portugal para complementação de seus estudos. Mas, a educação formal era um privilégio dos filhos homens. Não havia interesse em alfabetizar as mulheres, os índios e os negros. A educação, desde meados do século XVI, ficou a cargo dos jesuítas com a finalidade de cristianizar os gentios do Brasil.

O modelo de educação jesuítica, além da evangelização, constava de letras e aritmética. Garantiam também a posse da terra dos que aqui aportavam. Estabeleceram-se no Brasil até o século XVIII, quando o Marquês de Pombal os expulsou por motivos que deixaremos para pesquisa de quem tiver interesse em conhecer a atuação dos jesuítas no mundo todo, não só no Brasil.

O Marquês de Pombal fechou as escolas jesuíticas e introduziu reformas educacionais em todo o Império. Positivamente, a educação formal começou a mudar com a chegada da Corte Portuguesa, em 1808, com Don João VI. Mesmo após a introdução de modificações no ensino era incipiente a educação, em razão do despreparo dos professores. Em 1922 foi criada a Escola Normal para preparo de professores. A educação tinha um mínimo de organização e o Brasil detinha a taxa de 80% de analfabetos.

Somente no século XX, a sociedade mobilizou-se em torno da educação formal. A primeira Lei Orgânica do Ensino Primário e de 1946, cuja Lei tornava obrigatório o ensino básico financiado pelo governo. Em 1946 houve modificações no modelo educacional, mas nenhum modelo até agora instituído condiz com a realidade do mundo atual.

Segundo o Banco Mundial, o país foi o pior colocado na sociedade do conhecimento e, segundo a Unesco, o Brasil está colocado em 72ª posição no ranking mundial.

A constatação do presente estado da educação no Brasil é muito triste. Mas a política de compadres de partido não permite que a educação se torne prioridade nas decisões de estado, no investimento para o preparo dos professores. Os professores têm um mínimo de preparo e o tempo de curso é mínimo. Sem pós-graduação o professor não pode se considerar apto a dar aulas.

A minha experiência como graduada em Letras foi interessante. Tínhamos dois alunos no 2 º semestre que ministravam aulas de Português em colégios particulares – e não eram os melhores alunos da classe. O que esperar de um professor mal preparado e jovem? O que esperar de um professor sem um bom preparo acadêmico, de um professor sem uma boa base de educação familiar – seus pais, na maioria dos casos, também vieram de uma educação familiar e formal deficiente. É uma boa tese para questionamentos e debates.

Exemplificando a falta de preparo acadêmico do professor e da inadequação do aluno em classe vou relatar uma ocorrência. Em uma escola da periferia de São Paulo, uma professora de Português pede aos alunos da 8ª série a entrega de uma redação que havia passado para ser produzida em casa. Parte dos alunos devolveu a ela a redação, mas, na última carteira, dois alunos conversavam sentados na carteira e virados de costas para a professora. Ela pediu a eles que sentassem direito nas cadeiras e entregassem a redação. Um deles virou-se para ela e disse, colocando uma arma em cima da carteira: Falou cumigo, pssora, q k pissora pidiu mesmo? Este é um retrato em preto e branco da falência do ensino fundamental na maioria dos colégios governamentais no Brasil. Alunos que chegam à 8ª série sem condições de dar prosseguimento aos estudos, mas não é permitido ao colégio ter alunos repetentes. Então eles passam para a classe seguinte e seguem pela vida afora como cidadãos de segunda categoria.

Esses alunos também estão sozinhos na vida. A maioria de crianças e adolescentes são filhos de mães mantenedoras do lar e consequentemente os filhos crescem sem disciplina e sem noção de respeito ao mestre, ou a qualquer autoridade. Os pais entendem que a escola tem obrigação de educar as crianças e adolescentes e transferem para a escola a educação de seus filhos. Em contra partida, a escola espera que esses alunos sejam educados e contam com a cooperação dos pais no processo. Mas, esse processo já está esfacelado na base.

A sociedade posterga a educação para não sei quando. Não há investimento suficiente na área educacional. A maioria dos professores de ensino fundamental está aquém das necessidades do processo educativo e não possuem preparo psicológico suficiente para manter uma classe disciplinada. O professor em classe está à mercê dos alunos. Os papéis estão invertidos. O professor de ensino fundamental está só em classe.

O missivista tem razão, quanto ao respeito ao mestre em sala de aula e o que representava a Educação no contexto social há quatro décadas atrás.

O nosso missivista tem razão. O Ensino no Brasil é caótico! Haja vista os resultados do Enem deste ano - nos anos anteriores também.

As eleições para a renovação da Presidência e do Congresso estão bem próximas. Vamos eleger homens públicos capacitados a efetuar mudanças no cenário educacional.

Vamos tirar o Brasil da vergonhosa classificação (está na frente apenas do Haiti) de 72º no ranking mundial do conhecimento.

Esturato – Professora de Língua Portuguesa aposentada.

30/01/2010

Esturato
Enviado por Esturato em 30/01/2010
Reeditado em 10/02/2010
Código do texto: T2060354
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