Somos Frankensteins

Antes que comecem as indagações do por que de eu escolher este título, peço que pensem no que é o Frankenstein e no que ele tem a ver conosco. Parece estranho eu porpor tal cousa, mas se pararmos para pensar todos nós somos frankensteins, seja do ponto de vista genético, seja no aspecto de nossas linhas de raciocínio, ou outros quaisquer; não que sejam horrendos, ou algo do tipo, mas no que concerne a miscelânia de fragmentos que nos compõe.

Para não tumutuar o parágrafo supra, melhor abrir um novo e explicar paulatinamente. Afirmo que somos como este ser da ficção por sermos colchas de retalhos da evolução. Se pararmos para pensar, nossos genes são 50% de nosso pai e outros 50% de nossa mãe, e que 50% dos genes de nosso pai veio do pai dele e assim sucessivamente, vemos que somos uma profusão genética de tempos mais idos do que temos notícia. Boa parte de nosso código genético não é codificado, chamam de DNA lixo, que supõem que seja resquício do DNA de nossos antepassados mais remotos, ou seja, temos em nosso código genético fragmentos dos tempos que andávamos em posição oblíqua.

E ainda existem pessoas que defedem a eugenia, e o purismo das "raças", como se fosse possível. Um branco tem mais genes semelhantes com um negro do que díspares, visto que o gene que define a cor é apenas um dos vários que temos. Ainda mais se levarmos em conta um país como nosso, cheio de miscigenações, ou como gosto de dizer, nesta orgia gênica.

Deixando este aspecto de lado, quero ardentrar no que diz respeito a outro fankenstein, o das idéias. Se pararmos para pensar, nossos pensamentos, desejos e quimeras, são um amontado de fragmentos que formam um todo, e nesta grande sopa entram primeiramente, via de regra, nosso pensamento/desejo/quimera, que assim que entra em contato com o mundo começa a moudar-se e absover as influências deste mundo, enxertando e/ou removento conceitos e idéias. No fim tem-se um amontoado de peças que possuem certa sincronia, como em um quebra cabeça mais ou menos harmônico. Com isso vê-se que nada é puramente nosso, nem fruto apenas do nosso pensar, mas sim fruto de N pensamentos e fatores que influem em nossos, criando assim, criaturas parecidas com seus criadores.

Bem, melhor ficar por aqui para não mais me alongar. Com isto fica a reflexão, todos nós somos Frankensteins, não só nesses dois aspectos ditos acima, mas, por que não dizer, em todos os aspectos de nossa vida.