Vida bandida...
Ela veio dançando sem parar,
Não deseja saber o que o futuro lhe reserva.
Mas se mostra pura e solitária ao sorrir...
Sorriso vazio e sem vida ela nos mostra.
Esta noite promete supresas de amor juvenil sem malícias.
Não sei por quanto tempo resistirá.
As pedras jogadas pela vida são pesadas,
E pungem a cada centímetro de seu corpo nu.
A chuva quando escorre por suas chagas faz arder a chama da solidão,
Sozinha no escuro você tem que lutar como se os olhos estivessem fechados.
Não corra na direção oposta ao vento
Ele pode enterrar seus olhos em poeira.
Não tente colocar suas mãos onde não alcança.
A música encerra mas ela permanece ali, rodopiando...Em volta de si.
Não deseja encarar ninguém presente...
Sua máscara não permite...
Exitem coisas que nem mesmo o amadurecimento nos esclarece,
E morremos com elas intaladas na memória,
Como um erro vital.
A dona se retira aos poucos e volta para sua realidade,
Angustiada por nunca livrar-se das mentiras.
Todas as noites ela retoca sua maquiagem,
Para que não possa ser descoberta...
Mas quem se importa com mais uma frustrada neste cruel mundo?
Mundo que estamos lançando ao infinito...
Mundo onde desde o berço conehcemos o sabor da trapaça!
Ela se deita e implora perdão a Deus por seus pecados...
Pecado de entregar-se ao mundo sem pudor...
Ser desejada pelos homens com intenção,
Ser tocada por inúmeras mãos que nunca mais voltará a ver.
Não ama a si mesma? Ou apenas anseia esquecer quem és?
Respostas de fora não possuem grande valor pois ela mesma é quem pode se solucionar.
Julgar a quem está a metros de mim, é mais fácil.
Ela dorme como um anjo lapidado há séculos e mal pode respirar.
Ela sonha com o paraíso que ela mesma jogou para longe de si.
Seu palco existe somente quando sua face está oculta.
Defronte a imagem refletida no espelho mal pode reconhecer-te,
Mais um dia se aproxima e a angústia invade novamente sua alma,
Então deseja nunca ter acordado...
Por isso horas mais tarde seu tão usado corpo é velado...
Homens que usufruíram daquele prazer...Sentem pena assim como de costume,
Alguém sempre vira santo depois que parte deste plano material.
Mas nenhum homem presente é capaz de dizer o quanto usou aquela mulhar para suas horas de folga.
E quando era julgada estava ali para apedrejar com a multidão.
E a terra que cobre seu resto está guardando consigo,
Segredos que ninguém mais conhecerá.