Rituais

Vivemos passando por rituais. Do nascimento à morte, em todas as etapas de nossas vidas, somos a eles submetidos.

Há os religiosos, as cerimônias como missas, carregadas de símbolos e significados. As celebrações, todas. Casamentos, batizados, formaturas.

Até os rituais formais: registro de nascimento, certidão de óbito, velórios, enterros. A obtenção de todos os tipos de documentos pessoais: carteira de motorista e até mesmo a certidão de divórcio.

Os rituais de passagem de uma fase da vida para outra fase , são fortes. Em especial os da infância: quando uma criança dá o primeiro passo, articula a primeira palavra, corre, aprende a andar de bicicleta. Aprende a ler a primeira palavra, ganha a primeira medalha em uma competição. Quando troca de nível de ensino, quando muda de escola.

Logo depois, o primeiro amor, o primeiro beijo. O primeiro baile, a primeira desilusão. O primeiro verso num caderno qualquer. Um caderno de recordações. O primeiro filho.

O ritual de passagem da vida à morte é o mistério final. Aos que ficam, resta sentir, chorar. Quem se vai, o que o espera? Um jardim, uma passagem bonita como numa novela? Ou um inferno dantesco?

Há pessoas que são resistentes a participarem dos rituais da sociedade, mas uma vez ou outra todos têm que participar de um sistema que a sociedade nos impõe. Somos livres? Parece que não. Mas é um tema para outro texto.

Sônia Casalotti
Enviado por Sônia Casalotti em 15/02/2009
Código do texto: T1440917
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