Eu protesto
Eu protesto contra toda essa droga (Bremmer Fialho Brelaz)
De liberdade desigual
Eu protesto contra toda essa corja
De politicagem Neoliberal
Eu protesto contra essa porca
Revolução industrial
Eu protesto contra a igreja
E contra o estado
Eu protesto contra o consumo de cerveja
E contra quem me quer calado
Eu protesto contra a “revista” (Com rima)
Que tende para um lado
Eu protesto contra a ditadura democrática,
E contra qualquer forma de poder
Eu protesto contra a fila burocrática
E Contra qualquer forma de morrer
Eu protesto contra a superioridade Aristocrática
E Contra o domínio do nosso modo de viver
Eu protesto contra tudo
E contra a “critica da razão pura”,
Eu protesto contra o escuro
E contra “A Cura”
Eu protesto contra esse muro
E contra toda essa censura
Eu protesto contra Imperialismo
Norte-Americano,
Eu protesto contra o socialismo
E contra o bloqueio cubano,
Eu protesto contra o consumismo
E contra Democrata e Republicano.
Eu protesto contra a morte da poesia,
E a decisão parlamentar,
Eu protesto contra a Vã filosofia
E a propaganda populista ou popular.
Eu protesto enquanto o mundo silencia
Com a garganta seca não da mais p’ra gritar.
Eu protesto contra mim (Zelda)
Por ser banal
Eu protesto contra ti
Que és um igual
Eu protesto contra a vida
E contra a morte afinal.
Eu protesto contra tudo
E contra todos
Eu protesto contra o verbo do concreto
E contra qualquer decreto
Eu protesto contra a igualdade
E contra a parcialidade.
Eu protesto contra o vício do meio,
E contra qualquer maneio
Eu protesto contra a moda
E contra qualquer forma de poda
Eu protesto contra a ira sabichona
E contra o domínio da Madonna.
Eu protesto contra canções de embalar
E contra a carneirisse popular
Eu protesto contra o tiro no escuro
E contra as vigas do muro
Eu protesto contra quem mal fala
E contra quem pior se cala.
Eu protesto contra o canibalismo
Planetário
Eu protesto contra o cubismo
E contra o bloqueio dromedário,
Eu protesto contra o altruísmo
Relicário.
Eu protesto contra a morte da palavra,
E contra o ego iluminado,
Eu protesto contra o uso do viagra
E contra o amor mascarado.
Eu protesto enquanto tudo silencia
A morte da poesia.