dEGrAuS
Quero! Aí já cheguei.
Mas não sei o que é que é.
Espero, o que procurei,
Pé ante pé ante pé.
Tocar, no vazio, o sonho
Que me lembro do futuro.
Sonhar, no rio que ponho
Em mim, a água que procuro.
Loucura: pode ser isso,
Pode ser tudo ou só eu.
A cura: é o reboliço
De ter, nudo, nada meu.
Sou, por fim a descoberto,
O caminho que me envolve.
E dou, assim, o passo incerto
Que a mim mesmo me devolve. Krinkelhas
Quis! Passei por lá.
Não pude me encontrar
Esperei o tempo até cá
Pé ante pé a atrasar.
Mas o tempo não recua
E esvazia-se de sonhos
Num rio que desagua
Em labirintos medonhos.
Loucura não pode ser
Do futuro que sei meu.
E a cura vem por perder
No passado o que doeu.
Por isso sou a medida
Do tempo que me percorre
Na loucura desta vida
Onde na cura se morre! Zelda