Lavrador/Ângela Duarte e Carlos Duarte

Rega com seu suor

e a força do coração

Garimpa o próprio pão

E sob o arder do sol

tal qual brasa em fim de tarde,

o corpo assim forjado

os joelhos calejados

como sua própria mão

de tanto pedir ajuda

o que o faz sem alarde

pra que Deus mande logo a chuva

e umedeça este chão

fazendo brotar a semente.

pra alimentar essa gente

.Em prol de sorrir o sertão.

A colheita é o seu salário.

Seu banco é o celeiro.

A lua.,seu calendário.

Violão, o companheiro.

Seus versos, ação de graça

pelo pão de cada dia.

Na voz cansada a raça

e o timbre da melodia.