NUM PENSAR DÓCIL
Ao vagar entre montanhas ao entardecer,
minh’alma requereu resgatar o seu brilho,
após bate-papo com jovem andarilho,
a todos desejei carinho agradecer.
Pensando positivo,
tentei visualizar o melhor.
Com muita esperança e alegria,
aproveitei o restinho do dia.
Após, em minha casa,
apreciei um lindo pôr do sol
e curti envolvente brisa noturna,
o que suavizou a dor de meu eu.
Mais tranquilo e descansado,
fui para o meu quarto.
Com fé e esperança,
vi-me repleto de energia.
Na manhã seguinte, essa busca
levou-me a um templo;
sentia-me, no fundo, inseguro
e desejava reencontrar a paz interior.
Com a alma um tanto renovada,
afastei-me do local
cheio de expectativas e sonhos
que teria dias melhores.
Espírito acalmado e com emoção,
jovem andarilho e eu, partimos,
para uma aventura à beira mar,
saudados por deliciosa brisa.
Como o mar estava calmo e limpo,
depois de muito nadarmos,
voltamos à praia, onde fizemos amizade
com turistas de outras cidades.
No fim do dia, retornamos à capital.
Com a energia renovada,
cada um seguiu seu caminho.
Sereno, relembrei as últimas horas.
Ao acordar, fui acampar em uma floresta.
O verde das árvores e o canto dos pássaros
deram-me o aspirado equilíbrio
e mostraram-me que, estar só, faz bem.
Longe dos ruídos da cidade
e embalado pelo ar do campo,
além de ter uma excelente noite,
descobri que a vida é uma aventura.
*Entrelace com Alunos do 8º Ano do Ensino Fundamental.